O Palacio de Liria, em Madrid, recebe, a parir de 14 de fevereiro, a coleção Flamboyant, de Joana Vasconcelos. Até julho, a artista plástica portuguesa intervirá nos salões e jardins do Palácio, “fundindo-se com uma das mais importantes coleções histórico-artísticas privadas do mundo, que inclui obras de artistas como Velázquez, Goya, Rubens, Ticiano e Murillo”.
Ao contrário de outras intervenções em espaços históricos, como o Palácio de Versalhes ou a Sainte-Chapelle de Vincennes, em Paris, onde instalou a obra monumental intitulada “A Árvore da Vida”, esta intervenção tem lugar num grande palácio habitado, conferindo à exposição um diálogo especial, não apenas entre as suas obras e o palácio, mas também entre a própria artista e o Duque de Alba.
Citada em comunicado, Joana Vasconcelos sublinha que “é uma honra apresentar o meu trabalho no Palácio de Liria, um local de profunda importância histórica e cultural, que alberga uma das mais prestigiadas coleções privadas de arte do mundo”. A artista explica que “Flamboyant procura estabelecer um diálogo entre a arte contemporânea e o legado intemporal do palácio, criando uma interação entre passado e presente que reflete a evolução dinâmica da cultura”. E realça que “as minhas instalações exploram esta dualidade, oferecendo novas perspetivas sobre a sua arquitetura, interiores e jardins. Ao unir o clássico ao contemporâneo, esta exposição aspira a homenagear o papel único do Palácio de Liria, tanto como guardião da história, como enquanto espaço de reinvenção cultural”.
Flamboyant pretende ser um “diálogo direto” com mestres como Velázquez e Goya, “explorando como a arte contemporânea pode reinterpretar as suas contribuições e enriquecer a nossa compreensão das narrativas históricas”, refere ainda a artista. Um diálogo que irá espraiar-se por diferentes áreas do palácio, habitualmente fechadas ao público.
Situado na rua Princesa, o Palácio de Liria é um edifício do século XVIII, residência da Casa de Alba em Madrid e principal sede da sua coleção de arte e do seu arquivo histórico. No seu desenho e construção intervieram, entre outros, o arquiteto francês Louis Guilbert e o espanhol Ventura Rodríguez.
Conhecido popularmente como “o irmão pequeno do Palácio Real”, o Palácio de Liria é um dos edifícios civis mais importantes da sua época que se conservam no centro da capital espanhola. A coleção de arte da Casa de Alba integra nomes como Ticiano, Christoph Amberger, Louis-Michel van Loo, Mengs, Federico de Madrazo, Joaquín Sorolla e Daniel Vázquez Díaz, além dos já referidos Goya e Velázquez, a par de destacadas obras da pintura italiana, como a “Alegoria da Verdade”, de Francesco Furini, “A Expulsão do Paraíso”, de Andrea Vaccaro, e obras de Elisabetta Sirani, Carlo Maratta, Francesco Guardi e Giovanni Pannini.
A exposição Flamboyant ficará patente até 31 de julho no Palacio de Liria.
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