A aposta de Portugal em Angola tem que passar das palavras aos atos, com o aumento de apoios ao investimento, defendeu hoje o advogado João Afonso Fialho.
“O processo de privatizações é um processo faseado. Não é um processo fácil, não foi, nem será. Foi um processo que teve sucesso até pela capacidade de atrações de investidores angolanos. Houve muito investidor angolano que se sentiu atraído pelas empresas postas em privatização e isso foi muito importante, e também investidores estrangeiros”, começou por dizer o advogado da sociedade Vieira de Almeida.
João Afonso Fialho aproveitou para destacar a atitude dos EUA, considerando que têm “políticas de investimento muito pragmáticas. Não aprovam só uma lei ou um programa, põem dinheiro atrás. A Europa não faz isso. E Portugal também não faz muito isso, acho que é necessário”.
“Temos este discurso, e bem, de ver o mundo lusófono e Angola como parceiros estratégicos importantíssimos, mas temos de por dinheiro atrás destes programas, está na altura de sermos pragmáticos. É óbvio que não somos os EUA, não temos triliões de dólares para por num programa de fomento. Temos de ter a perspetiva de irmos para Angola para construir uma posição num mercado futuro de grande potencial”, acrescentou.
“É por isso que os EUA não hesitaram em ir para Angola. O projeto do corredor Lobito é uma realidade. Também queremos a perspetiva que os EUA têm daquele mercado para os minerais estratégicos e críticos. Portugal tem de passar a fazer a mesma coisa, na nossa dimensão. Até para sermos credíveis, e as palavras bonitas não esmorecerem”, salientou o sócio da VdA.
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