João Galamba vai deixar o Governo e deixa assim de ser responsável pela pasta da Infraestruturas, uma decisão comunicada pelo próprio esta noite.
“Comunico que apresentei, agora mesmo, o meu pedido de demissão ao Senhor Primeiro-Ministro”, escreve o ex-ministro numa nota divulgada pelo próprio.
Galamba diz que a decisão se prende com o “atual quadro de perceção criado na opinião pública” que exige uma “necessária tranquilidade institucional, valores pelos quais sempre pautei o meu comportamento e ação pública enquanto membro do Governo”.
O ministro, que esteve no cargo quatro meses, diz ainda que vivemos uma altura em que “o ruído se sobrepõe aos factos”
“Demito-me apesar de em momento algum ter agido em desconformidade com a lei ou contra o interesse público que sempre promovi e defendi na minha atuação enquanto governante, tal como foi, detalhada e publicamente, reconhecido pelo Senhor Primeiro-Ministro”, refere o ministro demissionário.
Sobre os sucessivos escândalos em torno da gestão política da TAP, com a comissão parlamentar de inquérito ainda nos primeiros compassos, João Galamba diz que reitera “todos os factos que apresentei em conferência de imprensa sobre os acontecimentos ocorridos e reafirmo que sempre entreguei à Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP toda a documentação de que dispunha”.
“Considero que a preservação da dignidade e a imagem das instituições é um bem essencial que importa salvaguardar, tal como a minha dignidade, a da minha família e a das pessoas que comigo trabalharam no Gabinete e que foram nestes últimos dias gravemente afetadas.
Agradeço ao Senhor Primeiro-Ministro a honra de me ter permitido participar no seu Governo e agradeço ao Senhor Secretário de Estado das Infraestruturas e ao meu Gabinete todo o trabalho e dedicação que colocaram ao serviço do interesse público.”
Galamba termina a nota de demissão apresentando “desculpas” à sua chefe de gabinete e às assessoras de imprensa que, diz, “mesmo sob agressão tudo fizeram para proteger os interesses do Estado e que viram, nestes últimos dias e de modo insustentável num Estado de Direito, a sua dignidade afetada”.
Atualizada às 21h24 com a informação de que António Costa não aceitou a demissão do ministro
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