[weglot_switcher]

Remodelação à vista? “Costa costuma escolher contra a corrente e não ceder a pressões”, sublinha politólogo

O primeiro-ministro “costuma escolher contra a corrente e não ceder a enormes pressões para não remodelar este ou aquele ministro, mesmo quando depois acaba por remodelar”, destaca José Adelino Maltez em entrevista ao JE.
  • TIAGO PETINGA/LUSA
2 Maio 2023, 14h17

Apesar de algumas pressões para remodelar o Governo, sendo que essa necessidade é apontada pelo próprio presidente do PS, Carlos César, o politólogo José Adelino Maltez sublinhou em entrevista ao “Jornal Económico” que António Costa possa avançar com mudanças profundas no seu Executivo.

Quando se fala em remodelação, José Adelino Maltez diz que é uma “questão de saber o que é que o primeiro-ministro escolhe”. “Costa costuma escolher contra a corrente e não ceder a enormes pressões para não remodelar este ou aquele ministro, mesmo quando depois acaba por remodelar”, destacou. De recordar que no passado, o chefe do Governo manteve ministros como Eduardo Cabrita apesar de todas as polémicas em torno deste ministro.

No que diz respeito às pressões por parte do Presidente da República para que existam remodelações no Governo, Maltez desvalorizou-as. “Isso é o que fontes bem informadas do Palácio de Belém mandam dizer, mas também já aconteceu mandarem dizer precisamente para provocar e não para ser feito”.

Esta terça-feira, o “Expresso” avançou que Marcelo Rebelo de Sousa abriu a porta a uma remodelação do Governo, ao considerar que o episódio que envolveu o ministro das Infraestruturas teria que ter consequências políticas.

Na perspectiva do politólogo, o Presidente da República “não pode exigir nada” do primeiro-ministro: “Pode demiti-lo ou dissolver a Assembleia da República; absolutamente mais nada”, sublinhou.

Apesar de não acreditar que no curto prazo o Presidente da República possa dissolver o Parlamento, o politólogo defendeu que “acredita que Marcelo pode avançar com dissolução daqui a um ano ou dois”.

 

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.