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JPP defende demissão da direção da GESBA devido a atrasos na recolha da banana

O JPP diz que os produtores estão confrontados com elevados prejuízos pela banana que está a ficar em cima da terra seis, sete e até oito semanas. O líder do partido diz que é preciso “haver consequências políticas diretas”.
25 Outubro 2023, 14h57

O líder do Juntos pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, defendeu a demissão da direção da Empresa de Gestão do Sector da Banana (GESBA), assim como os técnicos de contas e de contabilidade, devido aos atrasos na recolha da banana.

“Está cada vez mais difícil a vida dos produtores de banana, pois segundo informações de vários bananicultores, a direção da GESBA está a informar que irá pagar apenas a banana que estiver em condições de ser comercializada, o que contradiz, por completo, aquilo que disseram aos órgãos de comunicação social, antes das eleições. Perante isto, com a situação de elevados prejuízos pela banana que está a ficar em cima da terra seis, sete e até oito semanas, à espera de corte por parte da GESBA, tem de haver consequências políticas diretas. A direção daquela empresa tem de ser rapidamente demitida, assim como também os técnicos de contas e de contabilidade que gerem os milhões dos produtores, os mesmos que tratavam dos negócios das cooperativas, que tanto o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, se queixa”, disse Élvio Sousa, durante uma iniciativa que juntou vários produtos de banana nas instalações da GESBA.

O presidente da Associação de Organizações de Produtores de Banana da Madeira (ABAMA), Antonino de Abreu, denunciou, em finais de setembro, ao Económico Madeira, atrasos de pelo menos cinco semanas na recolha de banana, na Região Autónoma da Madeira (RAM), por parte da GESBA, detida a 100% pelo Governo Regional da Madeira. Em causa poderiam estar mais de 100 produtores, alegou Antonino de Abreu.

No seu caso particular isso estaria a colocar em risco mais de cinco toneladas de banana e trazer um prejuízo superior a três mil euros.

Élvio Sousa sublinhou que em vez de Miguel Albuquerque “andar a promover os bitcoins falidos, e a gastar o dinheiro dos agricultores em viagens e estudos milionários, deveria assumir rapidamente este prejuízo. O elevado custo de vida, ao aumento do preço dos adubos, fertilizantes e dos combustíveis, agrava a situação da pobreza do sector”.

O líder do JPP diz que não é a primeira vez que “acontecem estes atrasos”. Para Élvio Sousa uma administração de empresa que deixa centenas de produtores com o prejuízo da banana amadurecer semanas em cima da terra, “deve levar rapidamente descaminho, e serem demitidos com justa causa. Os produtores têm de exigir respeito pelos seus direitos e pelo fruto do seu trabalho”.

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