O feijão e o grão-de-bico foram durante séculos a base das dietas tradicionais, mas têm vindo a perder peso na alimentação dos portugueses.
De acordo com a Roda dos Alimentos, o consumo recomendado de leguminosas é de uma a duas porções por dia, o que corresponde a três a seis colheres de sopa de leguminosas cozinhadas, ou cerca de 80g a 160g.
A Associação Portuguesa de Nutrição explica que dietas mais ricas em produtos de origem vegetal, como hortofrutícolas, leguminosas e cereais integrais, estão associadas à proteção contra diversas doenças crónicas, e as leguminosas, pelo seu valor nutricional, versatilidade culinária e acessibilidade merecem um lugar de destaque nas nossas mesas.
“As leguminosas são alimentos muito ricos nutricionalmente, proporcionando elevados benefícios para a saúde dos seus consumidores. Devem ser incluídas na alimentação diária em todas as fases da vida, tendo em consideração que fornecem boas quantidades de proteínas, fibras, vitaminas, minerais e substâncias bioativas, como os compostos fenólicos, flavonoides, isoflavonas e outros antioxidantes.”
Além de serem uma fonte valiosa de nutrientes, as leguminosas desempenham um papel crucial na sustentabilidade ambiental, pelo que inclui-las na alimentação é uma escolha consciente para preservar o planeta para as gerações futuras. Joana Oliveira, vice-presidente da Associação Vegetariana Portuguesa explica que “leguminosas, como feijões, ervilhas e lentilhas são alimentos ambientalmente conscientes e uma solução que ajuda a travar o impacto climático do sistema alimentar, responsável por 31% das emissões de gases de efeito estufa.
“De facto, além dos benefícios nutricionais, as leguminosas apresentam enormes vantagens para o ambiente e ecossistemas”, salienta. Justificando: “São capazes de fixar azoto nos solos, o que leva a uma menor necessidade de uso de fertilizantes sintéticos, algo muito positivo para a produtividade agrícola e que, indiretamente, leva à redução das emissões de gases de efeito estufa. A produção de leguminosas requer também menos água, comparativamente à produção de outras fontes proteicas, e ajuda a melhorar solos degradados e a protegê-los da erosão”.
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