A deputada do PS, Isabel Moreira, abriu o debate sobre aborto no Parlamento, esta sexta-feira, e lembrou as mulheres que continuam a chegar aos hospitais vindas do aborto clandestino.
“Diariamente continuam chegar aos hospitais centenas de mulheres vindas do aborto clandestino. Só no hospital Santa Bárbara, em Lisboa, passaram 1.900 com os casos mais graves que implicaram internamento. Mas centenas de outras continuam a entrar diariamente nos bancos dos hospitais centrais, distritais e noutros serviços de saúde com hemorragias, com ruturas no útero”, descreveu Isabel Moreira.
A socialista mencionou ainda que o aborto avançou em Portugal para “contra tudo o que os opositores à despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez [IVG] apregoava aquando da campanha referendária, as mulheres não recorrem à IVG como método contraceptivo”.
“As consultas de planeamento familiar não foram uma promessa vazia e acabou com a terceira maior causa de morte em Portugal. A lei da IVG é uma decisão de política criminal e de direitos humanos que nos salvou, que honra o nosso Serviço Nacional de Saúde e, por isso, o Estado social e de direito português”, sublinhou.
Isabel Moreira exemplificou um exemplo de quando o aborto correu mal: “Não nos esquecemos de como eram. Lembram-se? Morreu em consequência da anestesia, dizem os relatórios médicos. Era cardíaca, a parteira não podia saber, mas no hospital salvar-se-ia”.
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