O PAN vai apresentar na Assembleia Legislativa da Madeira um projeto de resolução que recomenda ao executivo madeirense a criação e a implementação de um Plano Regional de Gestão da Floresta.
Uma das recomendações da força partidária passa pela criação de uma “equipa especializada na identificação de elementos vegetais raros/importantes para consequente replantio, criação de vedações apropriadas à passagem de gado, colocação de gado ovino, caprino e bovino de forma ordenada, retirando de zonas sensíveis como o Fanal”.
É ainda sugerida pela força partidária a criação de “espaços de lazer, de zonas de plantação de árvores de fruto e a criação de um parque ecológico da zona oeste, que seja plurimunicipal”.
O PAN propõe também o estudo da viabilidade de atribuição de licenças de exploração de restaurantes e outras atividades turísticas “mediante protocolos de manutenção e limpeza dos espaços utilizados”.
A força partidária referiu que este projeto surge na sequência dos incêndios que deflagraram na Madeira, em outubro, pelo que é fundamental a criação de um plano de Gestão da Floresta “coerente, multidisciplinar e que seja exequível nas décadas vindouras, utilizando uma abordagem holística e de autocontrole”.
“Plantas como o eucalipto, acácia, a giesta e a carqueja são assumidamente catalisadoras do fogo. Não provocam por si só mas são fixadoras de carbono, o que obriga face às alterações climáticas, a uma gestão inteligente do coberto florestal”, disse a deputada do PAN, Mónica Freitas.
A força partidária acrescentou que o plano proposto “não visa a erradicação total nem a destruição do eucaliptal, reconhecendo-lhe a importância económica e potencial para o berçário da floresta nativa” mas que tem como objetivo “preservar a mancha da floresta altamente crucial para a captação de água e a resiliência da região face ao fenómeno das alterações climáticas”.
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