As estratégias de investimento, os planos de negócio e as despesas das empresas portuguesas estão a sofrer alterações significativas devido à pandemia de Covid-19. Depois de entrevistar 91 Chief Financial Officers (CFO) em Portugal, a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) concluiu que a maioria (77%) espera que o novo coronavírus tenha um impacto negativo nas receitas e/ou lucros das suas empresas já este ano.
Os responsáveis financeiros (CFO) inquiridos entre os dias 23 e 25 de março acreditam que esta doença afetará o seu negócio (86%), o que lhes causa “grande preocupação”. No entanto, o maior receio dos diretores financeiros que participaram no relatório é mesmo a possibilidade de uma recessão global. É por isso que 56% admite que aplicou medidas de contenção de custos na sua organização e cerca de metade está a considerar diferir ou cancelar investimentos que estavam planeados.
“Muitas empresas lutam agora para manter a sua estabilidade financeira e operacional, à medida que enfrentam a atual crise. A confiança dos CFO numa rápida recuperação dos seus negócios parece estar globalmente a diminuir. A solvência mantém-se como prioridade diante de uma potencial desaceleração económica global e podemos esperar outras ações financeiras relevantes, destinadas a manter a resiliência dos negócios, durante a próxima semana”, afirma o sócio da PwC. António Rodrigues.
Enquanto se preparam para contas menos animadoras e uma redução de confiança dos consumidores, menos de metade (48%) prevê que o regresso à normalidade demore entre um a três meses (business as usual), de acordo com a “Covid-19 CFO Pulse Survey” da PwC.
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