Para o presidente da Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, mais meios aéreos não vão proteger a Madeira da tragédia dos incêndios. Desde 14 de agosto que a Região Autónoma tem vindo a combater um incêndio que neste altura possui duas frentes ativas. Na passada quinta-feira chegaram dois aviões Canadair ao abrigo do mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
Na quarta-feira tinham chegado ao arquipélago mais 60 bombeiros para reforçar o contingente de combate ao incêndio que, atualmente, já queimou mais de cinco mil hectares, e afetou os municípios da Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Santana e Ponta do Sol.
Em declarações à “Rádio Renascença” (RR), Tiago Oliveira, considerou que quer o poder político, quer as instituições locais, têm de reconhecer quais são os problemas de modo a poderem “desenhar uma estratégia”, salientando que isso “não se limita a ter mais um dois ou três mais aéreos”.
À RR, Tiago Oliveira disse que o problema é mais complexo e implica “mexer no comportamento das populações, implica mobilizar pastores, mobilizar a atividade florestal”.
Tiago Oliveira salientou que o plano nacional de combate aos incêndios só tem competências em território continental tendo em conta que a Madeira tem autonomia nesta área. Contudo, o presidente da AGIF mostrou-se disponível para ajudar referindo que a Região Autónoma pode aderir ao processo de trabalho do plano nacional.
A última atualização do Serviço Regional de Proteção Civil referiu que existiam duas frentes ativas, uma na Cordilheira Central (Pico Ruivo e Pico do Gato) e na Ponta do Sol (Lombada).
Estavam mobilizados mais de 120 operacionais e mais de uma dezena de meios, de todos os corpos de bombeiros da Região Autónoma da Madeira, Bombeiros dos Açores e Força Especial de Proteção Civil.
“Os aviões Canadair, concentraram a sua atuação no combate ao incêndio existente na Cordilheira Central e efetuaram 8 descargas com impacto positivo na redução da intensidade do fogo. Além disso, o helicóptero realizou 35 descargas focando-se principalmente nas áreas de mais difícil acesso e de maior risco de propagação, nos dois teatros de operações”, referiu a Proteção Civil.
“Na Ponta do Sol, o incêndio mantém-se confinado às zonas altas, longe de áreas habitacionais, e os operacionais no terreno continuam com o objetivo de conter a propagação do fogo e defender as habitações”, disse a Proteção Civil.
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