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Mais uma semana, mais uma alegria para os Touros?

A frieza dos números transforma-se em calor para os Touros, dada a valorização alcançada no último mês.
24 Agosto 2020, 14h58

Fecha a subir, abre a ganhar. Será este o lema de Wall Street para mais uma semana em que os investidores estão a banhos, a aproveitar os últimos dias do principal mês de férias que, não obstante o habitual menor volume trouxe uma corrente menos agitada, puxando pelos índices norte-americanos para novos máximos históricos?

Como referi recentemente, o ruído do mercado está por ora estabilizado entre a promessa de uma vacina e a expectativa de um acordo no Congresso dos EUA para um novo pacote de auxílio à maior economia do mundo, tendo como pano de fundo a disponibilidade da Fed em continuar a injectar quantidades exorbitantes de liquidez, assim como em manter os juros muito baixos por um período prolongado de tempo.

Estes são os principais factores para o actual statu quo, onde o percurso de menor esforço é a subida, havendo aqui e acolá uns grãos de sal que salpicam um ou outro dia de vermelho, mas nada de mais.

A frieza dos números transforma-se em calor para os Touros, dada a valorização alcançada no último mês, com os ETF do Nasdaq,  S&P 500 e Dow Jones a registarem mais 9% de ganhos para o segmento tecnológico, enquanto os outros dois amealham um pouco mais de 5% – o que é excelente, a todos os níveis, tendo em conta a actual performance económica global, dos EUA e das empresas, após uma earning season que nada fez para justificar mais uma perna no bull market.

Mas se o passado recente é relevante, mais importante tentar antever as próximas semanas, o que não aparenta ser muito complicado. O ruído e os fundamentos para o movimento dos últimos meses deverão manter-se, com a introdução gradual do tema das eleições presidenciais norte-americanas, que para além da probabilidade de volatilidade acrescida, já de si comum nos meses de Setembro e Outubro, não se antecipa que provoque uma disrupção no sentimento bullish dominante, independentemente de quem ganhe o acto eleitoral.

No mercado cambial, e após um mês de Julho em que o EUR/USD deu um pulo considerável, à boleia da fraqueza do dólar americano, o principal par de moedas esteve o mês de Agosto em zona de consolidação, encontrando-se por ora abaixo dos máximos do mês anterior mas com um outlook neutral a positivo no curto-prazo. Contudo, poderá ocorrer uma ligeira correcção que irá testar a quebra da linha de tendência que teve início nos máximos de Maio de 2014. Caso esta zona entre os $1,15 e $1,16 aguente estão abertas as portas para uma puxada até aos $1,25, nível dos máximos de Fevereiro de 2018.

Já nas matérias-primas, o ouro corrige por estes dias, após ter atingido novo máximo histórico nos $2,075 por onça, embora em termos técnicos tenha espaço livre para subir até aos $2,260, antes de encontrar uma resistência técnica mais significativa.

O gráfico de hoje é do EUR/USD, o time-frame é mensal.

 

 

A linha de tendência que foi quebrada o mês passado é agora o local a ter em conta, no que respeita a um suporte.

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