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Marcelo: “Não faz sentido as pessoas deitarem fora a ocasião de escolherem aqueles que vão estar perto delas na recuperação”

“Não vir votar é difícil de entender. Agora que já não há receio nem temor” com a pandemia, destacou o Presidente da República depois de votar em Celorico de Basto.
26 Setembro 2021, 13h35

O Presidente da República apelou hoje aos cidadãos portugueses para irem votar nas eleições autárquicas.

“Têm de vir votar. Está um ótimo dia, as pessoas não podem deixar de votar. Não fiquem em casa”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à entrada da mesa de voto em Molares, concelho de Celorico de Basto,  distrito de Braga.

“A grande lição da pandemia foi que quando foi preciso resolver os problemas das pessoas, quem é que apareceu em primeiro lugar? Foram as camaras municipais e juntas de freguesia: tratar dos lares, dos internamentos, da falta de testes, da falta de material de proteção sanitária. Quem é que andou a telefonar às autoridades, Sistema Nacional de Saúde e Segurança Social? Foram os autarcas”, começou por destacar aos jornalistas presentes no local.

“E agora na crise económica e social, quem é que vai ter a responsabilidade de gastar boa parte do dinheiro? Os autarcas. Não vir votar é difícil de entender. Agora que já não há receio nem temor, as pessoas deitarem fora a ocasião de escolherem aqueles que vão estar perto delas na recuperação económica e social, como estiveram na pandemia, é uma coisa que não faz sentido”, afirmou.

Cerca de 21% dos eleitores (20,94%) votaram hoje nas eleições autárquicas até às 12 horas, segundo os dados oficiais divulgados este domingo, 26 de setembro.

Em 2017, 22,05% dos eleitores tinham votado até à mesma hora, o valor mais alto deste indicador registado nas eleições autárquicas desde 2005.

Já em 2013, a afluências às urnas tinha-se situado nos 19,44%; em 2009 atingiu os 21,23%; em 2005 foi registado uma afluência de 20% dos eleitores até ao meio-dia.

A taxa de abstenção em 2017 atingiu os 45%, um valor mais baixo face ao registado em 2013 (47,4%), mas acima do registado em 2009 (41%).

Nas autárquicas anteriores a 2009 e em tempos de democracia, os valores da abstenção ficaram sempre abaixo dos 40%: 1976 (35,4%), 1979 (26,2%), 1982 (28,6%), 1985 (36,1%), 1989 (39,1%), 1993 (36,6%), 1997 (39,9%), 2001 (39,9%), 2005 (39%), segundo os dados da Administração Interna compilados pela Pordata.

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