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Metade das farmacêuticas considera inflação decisiva para aumentos salariais

A subida nos ordenados prevista para o sector de ciências da vida, ciências médicas e farmacêuticas em 2024 situa-se, em média, nos 3,6%, de acordo com uma análise da Mercer Portugal. Dois em cada dez pretendem também aumentar o número de colaboradores ainda este ano.
  • Mariana Bazo / Reuters
24 Outubro 2023, 11h32

Cerca de metade das empresas do sector farmacêutico e das ciências da vida e ciências médicas consideram que a inflação é um fator decisivo para definir aumentos de salários, concluiu um estudo divulgado esta terça-feira pela consultora Mercer Portugal.

A previsão de aumentos salariais para o próximo ano situa-se nos 3,6%, de acordo com o relatório “Total Compensation: Life Sciences”, que analisa as principais tendências de benefícios e compensação nesta área económica através de uma amostra de 75 organizações em Portugal com 300 funções diferentes.

Dois em cada dez participantes neste inquérito confirmaram que pretendem também aumentar o número de colaboradores ainda este ano, sendo que é um sector no qual a remuneração média está 19% acima do resto do mercado.

“A remuneração variável mantém-se enquanto principal tendência, sendo que a totalidade das entidades inquiridas afirma atribuir bónus anual. Neste âmbito, 84,8% indicam ter definida uma política de incentivos às vendas, mas apenas 17,8% optam pela distribuição de lucros da organização”, dizem os consultores da Mercer Portugal.

A consultora de recursos humanos adianta ainda que os incentivos a longo prazo são atribuídos pela maioria (63,2%) das empresas, embora seja mais frequente nas funções com maior responsabilidade. Nas tipologias de remuneração variável, a prevalência será superior à de outras empresas (bónus anual +13%, incentivos de vendas +27% e incentivos de longo prazo +35%).

Sem surpresas, o seguro de saúde continua na liderança dos benefícios extrassalariais (95,5%), seguindo-se o seguro de vida (88,1%) e o seguro de acidentes pessoais (39,5%) neste tópico dos seguros, embora o segundo lugar desta tabela diga respeito ao carro de serviço (91,1%). O subsídio de alimentação é atribuído em 82,5% das empresas analisadas.

Destaque ainda para o telemóvel de serviço e Internet (79,1%), bónus de referência em novos recrutamentos (61,5%), prémios de antiguidade ou pagamentos aquando do término do contrato (61,4%), cobertura de despesas associadas à formação e educação dos colaboradores (61%), seguro de viagem (59%), dias de férias adicionais ao legalmente previsto (59,5%), bem como descontos em produtos da empresa (52,5%).

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