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Metaverso. Chegar aos 900 mil milhões de dólares em 2030 é meta “pouco credível”

O especialista, consultado pelo JE, comparou a indústria dos videojogos com o metaverso e disse ser “muito pouco credível que o mercado do metaverso possa atingir um valor de mercado global superior ao dos videojogos”.
22 Setembro 2023, 16h07

Um estudo da Bain & Company deu conta que o metaverso poderá atingir um valor de 900 mil milhões de dólares até 2030. No entanto, um especialista docente do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico Nuno Jardim Nunes disse, ao Jornal Económico, ser “pouco credível” que o mercado do Metaverso possa chegar a 900 mil milhões em 2030.

Metaverso pode atingir 900 mil milhões de dólares até 2030

“Se pensarmos que o mercado dos videojogos vale cerca de 250 mil de milhões de USD em 2023, e que duplicou nos últimos 5/6 anos com um crescimento anual acima dos dois dígitos, parece-me pouco credível que o mercado do metaverso (entendido como a utilização de tecnologias de realidade aumentada, virtual e mista) possa chegar a 900 mil milhões em 2030”, frisou Nuno Jardim Nunes.

O especialista disse que “por analogia com o mercado dos videojogos, que está muito mais estabelecido, quer em termos de plataformas (PCs, consolas e dispositivos móveis), quer acima de tudo na criação de conteúdos parece muito pouco credível que o mercado do metaverso possa atingir um valor de mercado global superior ao dos videojogos, que são esperados atingir 500 a 600 mil milhões em 2030”.

Na perspectiva de Nuno Jardim Nunes “isto significaria que as tecnologias de realidade aumentada, virtual e mista teriam uma adopção mais rápida o que é também contrário a tudo o que sabemos sobre esta tecnologia, que está nos hype cycles desde os anos 70 sem nunca conseguir uma adopção generalizada”.
“Mesmo que a tecnologia pudesse crescer a este ritmo (e grande parte dos dispositivos móveis já tem essa capacidade), teríamos que ter toda a indústria de conteúdos com capacidade para responder a este crescimento, o que me parece quase impossível”, sublinhou o especialista.
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