[weglot_switcher]

Miguel Maya quer mais operadores a pagar fatura do Novo Banco

CEO do Millennium BCP recordou que desde janeiro o BCP já pagou 45 milhões de contribuições para o Fundo de Resolução e por conta do imposto especial sobre a banca e defende uma “solução mais equitativa”.
  • Cristina Bernardo
17 Novembro 2018, 12h42

O presidente da comissão executiva do Millennium BCP, Miguel Maya, defendeu que os custos do Novo Banco deveriam abranger outros operadores, como as fintech, e não apenas os bancos.

“Porque é que o BCP paga e as fintechs não pagam?” questiona o CEO do BCP que lembra que se tratam de operadores que vendem produtos de poupança aos clientes portugueses a partir de França ou Espanha.

Em entrevista ao jornal Expresso, publicada este sábado, 17 de novembro, Miguel Maya considerou que “a solução é um fardo que grande para o BCP e para os bancos” e que seria importante encontrar uma “solução mais equitativa”, para evitar que se mais instituições bancarias deixarem de ter sede em Portugal, a fatura não “recair apenas nas costas do BCP e da CGD”.

Por outro lado diz que “não é razoável que o Novo Banco, para maximizar a sua função/objetivo, vá buscar o máximo que pode ao mecanismo de capitalização contingente [até 3,89 mil milhões] e os outros bancos tenham de pagar a conta”.

Na primeira entrevista desde que assumiu a liderança do banco, Miguel Maya recordou que desde janeiro o BCP já pagou 45 milhões de contribuições para o Fundo de Resolução e por conta do imposto especial sobre a banca, lembrando que “gostava de ter esses 45 milhões de euros para compensar a redução dos salários dos trabalhadores do banco”.

Esclareceu ainda que a única condição que impôs para assumir a presidência foi que a comissão executiva fosse escolhida por si e explica que a redução da mesma “resultou de múltiplas interações com acionistas e reguladores”, com o objetivo de “agilizar a gestão do banco, ter maior capacidade de decisão e responsabilização”.

Miguel Maya nega ainda qualquer tensão sobre os acionitas, garantindo que “isso é tema passado”.

(atualizada)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.