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Ministro espera acordo com os médicos que não pode ser à custa do SNS

“A existir, e estamos muito empenhados em que exista, tem de ser um acordo equilibrado, que seja bom para os portugueses, para que vejam aumentado o seu acesso à saúde, bom para o SNS, permitindo reorganizar o seu funcionamento, e que compense os profissionais”, disse Manuel Pizarro.
27 Outubro 2023, 16h01

O ministro da Saúde reafirmou hoje a disponibilidade para chegar a um entendimento com os sindicatos dos médicos, mas avisou que nenhum acordo pode pôr em causa a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A existir, e estamos muito empenhados em que exista, tem de ser um acordo equilibrado, que seja bom para os portugueses, para que vejam aumentado o seu acesso à saúde, bom para o SNS, permitindo reorganizar o seu funcionamento, e que compense os profissionais”, disse Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam), que apresentaram hoje à tutela uma contraproposta negocial na qual exigem a reposição do horário semanal de 35 horas para todos os médicos que assim o desejem e das 12 horas semanais de trabalho no Serviço de Urgência, bem como um aumento salarial transversal de 30%.

Apesar de não terem chegado ainda a um acordo, a reunião de hoje terminou com o agendamento de um novo encontro já no domingo, em que será discutida uma contraproposta que o Ministério da Saúde se comprometeu a enviar aos sindicatos até à véspera.

“Se houver um compromisso de partilha do esforço entre o Governo e os médicos, esse esforço talvez possa chegar a bom porto com uma decisão que nos comprometa a todos”, afirmou Manuel Pizarro, insistindo que importa assegurar que “as medidas que vierem a ser adotadas garantem a sustentabilidade do SNS”.

Da parte dos sindicatos, SIM e Fnam admitem que as medidas propostas sejam adotadas de forma faseada, mas os prazos só serão discutidos a partir da reunião de domingo. Essa abertura por parte dos representantes dos médicos foi, no entanto, elogiada pelo ministro, que considera que o sucesso de um acordo poderá assentar no faseamento e na capacidade de ambas as partes se comprometerem “em conjunto com os resultados”.

“Todas as propostas estão em aberto. Veremos qual é a plataforma de entendimento a que conseguimos chegar”, disse o governante.

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