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“Mobilidade elétrica tem um argumento de força: a urgência da descarbonização”, defendem especialistas

Uma das provas da relevância da mobilidade elétrica está refletida nos números das vendas de automóveis elétricos: “2,3 milhões de vendas até ao final deste ano” deste tipo de veículo, segundo Ryan Fisher da BloombergNEF.
23 Setembro 2020, 20h28

A mobilidade elétrica esteve em destaque na tarde desta quarta-feira, na “Portugal Smart Cities Summit 2020”, cimeira que conta com o Jornal Económico como media partner, com os oradores a defenderem a sua crescente importância.

“Dez anos passados a mobilidade elétrica é uma realidade, os autocarros elétricos há em toda a parte”, garantiu Paulo Marques, diretor técnico da Caetano Bus recordando que a empresa “começou em 2010, portanto há dez anos, a apresentar os seus conceitos de mobilidade elétrica onde apresentamos o nosso primeiro modelo de autocarro elétrico”.

Na sua intervenção no debate “autocarros, frotas das empresas e o quilometro final para promover as cidades verdes”, Paulo Marques, que acredita que ainda “há muito para fazer” no que toca à mobilidade elétrica, contou que “em 2010 fomos os únicos construtores a apresentar um autocarro elétrico e nessa altura ninguém queria ouvir falar em autocarros elétricos”.

No mesmo debate, Massimo Senatore, diretor-geral da BMW Portugal, salientou a “queda forte, com a pandemia, da venda de automóveis enquanto os carros eletrificados continuaram a subir”.

“É um grande resultado porque a mobilidade elétrica está em curso, tem um argumento de força, que é a urgência da descarbonização”, explicou Massimo Senatore sublinhando que #além da poupança em termos de custos, conduzir um veiculo elétrico é um ato socialmente responsável”.

A popularidade dos veículos elétricos foi confirmada por Ryan Fisher, da BloombergNEF, antes do debate sobre as cidades verdes, que apontou para “2,3 milhões de vendas até ao final deste ano” deste tipo de veículo, estando a China a liderar a lista das transações seguida da Europa e da América do Norte. Na europa, no segundo trimestre do ano, o crescimento nas vendas dos carros elétricos foi de 10%.

Quanto à mobilidade elétrica, o projeto Mobi E, o administrador da EDP Comercial, António Coutinho defendeu a importância de “perspetivar um bocadinho como é que o modelo foi criado”, e relatou que “o modelo foi criado com uma lógica por antecipar o mercado, liderar o mercado criar um cluster que pudesse ser uma referência até mundial deste novo contexto e eu acho que neste contexto temos de pensar que se calhar não conseguimos fazer isso, o modelo hoje é único no mundo”.

“Temos tantos modelos de negócio que surgiram entretanto e que tornaram muita coisa possível e portanto a pergunta que se coloca é se faz sentido ver um modelo de hoje, que se pensou para a mobilidade, se está fit for purpose no atual contexto do setor”, destacou António Coutinho.

Ainda durante o debate acerca das cidades verdes, no evento da qual o Jornal Económico é media partner,  Teresa Manso, diretora comunicação e melhoria continua da DHL Express enalteceu o trabalho feito pelos municípios que têm “feito também iniciativas importantes desde logo o pacto para a mobilidade que foi lançado em 2019 pela Câmara Municipal de Lisboa e que a DHL aderiu.

“Também outra iniciativa que não posso deixar de referir é a aliança para a descarbonização dos transportes onde Portugal está presente assim como outros países, assim como também alguns municípios do norte do país também aqui junto a Lisboa e algumas empresas [como a] a DHL e a EDP”, assinalou Teresa Manso.

“Temos feito algum trabalho nesse sentido e trabalho interessante, mas ainda há muito realmente que é necessário fazer , as empresas de acordo com o seu contexto”, assumiu a diretora de comunicação da DHL Express.

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