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“Na base da solidariedade social está a vontade de dar, não a de receber”

Sabe o que são presentes solidários? A mais recente iniciativa da Operação Nariz Vermelho quer mudar a mentalidade da oferta e do consumismo associados à época natalícia. Este Natal, pode ajudar quando compra presentes.
11 Dezembro 2021, 09h00

 

A chegada do período de festividades natalícia faz-se sentir com a azáfama dos preparativos para os festejos. Este ano, e após os últimos períodos de confinamento que marcaram esta altura, os encontros de Natal terão um gosto especial para as famílias, apesar das medidas anunciadas para evitar contágios. Serão redobrados os cuidados e multiplicam-se os preparativos necessários para garantir que as reuniões com amigos e família se realizam de forma segura e tranquila.

Ainda assim, com todo o cenário pandémico, este será para os portugueses um tempo de encontro, de felicidade mas, sobretudo, de partilha. Garantir o sucesso dos festejos natalícios implica uma série de preparativos mas a tarefa mais temida e adiada por tantos continua a ser a compra dos presentes, que contribuem para a alegria desta quadra, sobretudo a dos mais novos.

“É verdade, o Natal está associado a um maior consumismo, mas não só”, garante a diretora de comunicação e angariação de fundos da Operação Nariz Vermelho, Carlota Mascarenhas, recordando que esta deve ser “também a época em que pensamos mais nos outros e em que queremos marcar a diferença. Se a isso pudermos associar o ato de ajudar o outro, de apoiar uma causa ou instituição que nos toque particularmente, esta altura reveste-se de um cariz ainda mais especial.”

Esta é a premissa por detrás do mais recente produto da organização que se dedica a arrancar sorrisos e gargalhadas a crianças hospitalizadas em 17 hospitais do país: um cabaz solidário.

“Este cabaz reúne três dos nossos produtos com maior saída: o nariz vermelho (a nossa imagem de marca), o baralho de cartas e o livro de colorir O Que Acontece na Ponta do Nariz”, explica Carlota Mascarenhas. Esta ação, tal como a consignação do IRS, são momentos fulcrais para o financiamento da Operação Nariz Vermelho.

 

Um dos maiores desafios das associações que prestam apoio social é efetivamente conseguir garantir financiamento para prosseguir o seu trabalho. Os desafios sociais são cada vez mais complexos e exigem respostas estáveis e profissionais. Assegurar receitas que permitam manter uma estrutura capaz de responder aos problemas sociais é cada vez mais um desafio.

“A venda dos nossos produtos tem ganho importância ao longo dos anos”, explica a responsável pela angariação de fundos da organização, recordando que “todos os anos, construímos o nosso orçamento quase do zero, uma vez que a Operação Nariz Vermelho não recebe apoios do Estado”.

Carlota Mascarenhas, Diretora de Comunicação e Angariação de Fundos da Operação Nariz Vermelho

“A venda de produtos e merchandising tem vindo a tornar-se uma aposta cada vez mais importante na Operação Nariz Vermelho, porque toca precisamente nos dois pontos referidos: ajuda a sensibilizar o publico para o trabalho que desenvolvemos, promove o passa-a-palavra, e funciona também como um importante mecanismo de angariação de fundos.”

 

 

Mas por que motivo é tão escassa a promoção da solidariedade em Portugal? Para Carlota Mascarenhas o problema parte do ponto de vista cultural: “Culturalmente, não temos ainda generalizado o hábito do apoio regular, como por exemplo se nota em países do norte da Europa”. O apoio das causas acaba por ser mais pontual do que habitual. Ainda assim, a Operação Nariz Vermelho “já conta com o apoio de muitos doadores regulares” que representam cerca de um quinto da fonte de receitas.

Se a consignação do IRS é um dos momentos mais relevantes durante o ano, no Natal a organização espera “que o espírito da época e a maior visibilidade das várias causas” leve os portugueses a apoiar – e a querer dar.

“Na minha opinião, na base da solidariedade social está a vontade de dar e não a de receber”, assume Carlota Mascarenhas. “Quando apoiamos, é porque acreditamos que estamos a ajudar o outro e, no caso de instituições ou causas, porque reconhecemos credibilidade nas mesmas e no seu trabalho. Não o fazemos na expetativa de retribuição direta”, remata.

O cabaz solidário que a Operação Nariz Vermelho lança para esta quadra custa seis euros e está disponível para venda na loja online da organização. O objetivo é também fomentar uma cultura de apoio e de reforçar a importância do mesmo junto dos mais novos. Isto “fará com que no futuro tenhamos adultos mais conscientes dessa necessidade e mais envolvidos”, explica a diretora de comunicação da ONV. “Comprar um presente solidário para os mais pequenos e explicar-lhes a razão por detrás de tal escolha fá-los pensar nesse gesto e traz um novo significado ao Natal, ajudando a crar uma cultura de ajuda e de responsabilidade social que pode vir a crescer com eles”, conclui.

Por isso, este Natal é possível associar o útil ao agradável e comprar presentes solidários, que farão sorrir não só quem recebe o presente, mas também as crianças e famílias apoiadas pela associação.

A Operação Nariz Vermelho efetua visitas hospitalares durante quase todo ano – são mais de 53 mil encontros anuais. Em 2021, como em 2020, constrangidos pelas restrições da pandemia, asseguraram estas visitas de forma virtual com a ação “Palhaços na Linha”. Para 2022, avizinham-se mudanças com um novo escritório, novos projetos e um objetivo em mente: regressar presencialmente a todos os hospitais.

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a Operação Nariz Vermelho.

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