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“Não me dá a palavra, é isso?”: José Sócrates pede suspensão do julgamento

“A senhora juíza não me dá a palavra, é isso? O tribunal não me dá a palavra e ainda me adverte?”, questionou Sócrates durante a manhã desta quinta-feira, que marca o início do julgamento no âmbito da Operação Marquês.
Sócrates Operação Marquês
3 Julho 2025, 12h23

O coletivo de juízas interrompeu a sessão inaugural do julgamento do processo Operação Marquês para apreciar os pedidos de recusa e de suspensão do julgamento apresentados pela defesa de José Sócrates.

Pedro Delille, advogado de Sócrates, argumentou perante a juíza Susana Seca que não há condições para prosseguir o julgamento enquanto não estiverem decididos os dois pedidos de recusa apresentados, um que visa a própria juíza e outro o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, que acusa de intervir no processo através da equipa de procuradores nomeada para o processo.

“Têm que estar decididos ambos os requerimentos de recusa para haver condições para este julgamento poder continuar”, disse Pedro Delille.

A juiza alegou desconhecer os requerimentos que a defesa do ex-primeiro ministro diz ter entregado na quarta-feira e ordenou a suspensão da sessão para apreciar a matéria.

Imediatamente antes, Susana Seca teve uma troca de palavras mais acesa com José Sócrates, que pediu a palavra para intervir depois de regressar à sala após uma saída breve, o que a juíza recusou, advertindo José Sócrates pela insistência em não acatar a decisão.

“A senhora juíza não me dá a palavra, é isso? O tribunal não me dá a palavra e ainda me adverte?”, questionou Sócrates.

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