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“Nem Maduro faria igual”: PS Madeira critica proposta de revisão da lei eleitoral do PSD

O PS considerou que a proposta social democrata é uma “golpada” do PSD que tem como propósito “garantir a sua sobrevivência” e facilitar o regresso às maiorias absolutas.
18 Setembro 2024, 13h06

O PS criticou a proposta de revisão eleitoral apresentada pelo PSD. Os sociais democratas querem passar de um único círculo eleitoral para 13 (um por cada um dos 11 municípios, com 47 deputados, um de compensação, com cinco deputados, e um da emigração, com dois deputados).

O líder dos socialistas madeirenses, Paulo Cafôfo, considerou que a proposta social democrata é uma “golpada” do PSD que tem como propósito “garantir a sua sobrevivência” e poder voltar às maiorias absolutas.

“Diria mesmo que nem Maduro [presidente da Venezuela] faria igual na Venezuela. O PSD quer criar círculos concelhios e um círculo de compensação para atacar a representatividade partidária no Parlamento”, disse Paulo Cafôfo.

Para o dirigente socialista o PSD “em desespero” procura na secretaria dar uma “golpada típica dos regimes totalitários”, acrescentando que  “a única intenção do PSD, estando em queda livre, seja no número de votos, seja na perda de maioria absolutas, é dar esta golpada”.

PS quer manter círculo único

Paulo Cafôfo salientou que a proposta de revisão eleitoral, do PS, prevê um círculo único na Região, com os atuais 47 deputados, e um círculo da Emigração, com dois deputados.

O socialista considerou também “fundamental” o cumprimento da lei da paridade na composição das listas para as eleições regionais e o voto antecipado em mobilidade.

“A proposta do PS garante a devida representatividade partidária no Parlamento, um modelo que tem benefícios, porque teremos uma melhor democracia, uma maior representatividade e a probabilidade de alternância política na Região, coisa que o PSD não quer”, disse Cafôfo.

Cfôfo voltou a criticar o PSD, salientando que na Comissão Eventual para o Aprofundamento da Autonomia e Reforma do Sistema Político a prioridade dos sociais-democratas não foi a revisão da Lei das Finanças Regionais, para a qual já havia um texto comum aprovado em 2022 na Assembleia Legislativa da Madeira.

Para Cafôfo isto revela que “o PSD não quer aprofundar a Autonomia, não quer verdadeiramente baixar os impostos e só está preocupado com a sua sobrevivência, fazendo a alteração da lei para tentar ter as maiorias absolutas que não consegue ter com a lei atual”.

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