A Farfetch está de olhos postos no mercado chinês. A plataforma online de venda de produtos de luxo acredita que parte do seu crescimento futuro vai ter origem na China.
“A China é uma oportunidade gigante: é um dos nossos cinco pilares estratégicos. É claramente uma das maiores oportunidades. No luxo não é diferente. Até porque os clientes chineses já são os clientes que mais compram, não compram é propriamente na China”, disse Luís Teixeira, diretor de operações da companhia.
O mercado de luxo vale anualmente 300 mil milhões de dólares.
“Mas temos uma visão de ser uma plataforma para o mundo global do luxo: queremos continuar a atacar todos os mercados. Olhamos para todos os mercados com muito potencial. Os Estados Unidos estão a crescer de uma forma bastante acelerada”, destacou o responsável em entrevista ao Jornal Económico.
Na Europa, vários “mercados que tinham um pequeno atraso na penetração online cresceram e muito. Reino Unido cresceu de forma bastante acelerada, depois outros mercados, Alemanha, França, Itália que cresceram de forma bastante interessante”.
“Em Portugal, o online esta a crescer a passos largos”, afirmou, apesar de reconhecer que o mercado interno não tem grande peso na operação da empresa.
A América Latina é outro dos pontos do globo onde a companhia fundada e liderada por José Neves tem os olhos postos. “A LATAM ainda não tem uma expressão muito grande, mas sempre que colocamos algum foco em alguns países, como no México, cresce a três dígitos. A oportunidade é gigante”, afirmou, destacando também a Colômbia como uma oportunidade.
“No mercado como um todo, e na indústria de luxo, somos um parceiro importante para todas estas marcas e boutiques que querem capturar esta oportunidade”, resume o gestor.
A empresa luso-britânica Farfetch prevê um crescimento das vendas de 35% para 40% para a totalidade deste ano face a período homólogo para um valor entre 3.725 mil milhões de dólares (3.075 milhões de euros) a 3.865 mil milhões (3.190 milhões de euros).
Para o segundo trimestre, a plataforma digital de produtos de luxo deverá registar um crescimento das vendas entre 40% a 45% face a período homólogo para um valor entre 910 milhões de dólares a 945 milhões.
“Prevemos um crescimento das vendas entre os 35% a 40% da plataforma digital para o ano inteiro. Se tivermos em conta dois anos, 2020 e 2021, isto vai representar um crescimento entre os 91% e os 100%”, disse ao JE o diretor de operações da Farfetch, Luís Teixeira, que destaca o mercado chinês como uma oportunidade.
No primeiro trimestre, a companhia ganhou 480 mil novos clientes: “A China continua a crescer de uma forma bastante acelerada e continua a ganhar quota dentro das nossas vendas. Os EUA que são ainda um maior mercado do que a China também continuam a crescer. Principalmente nas últimas quatro semanas do trimestre, registaram um crescimento muito forte mesmo”, segundo Luís Teixeira.
“Depois, temos o Médio Oriente e o Reino Unido. De uma forma geral, há claramente uma mudança de paradigma no mercado como um todo e no que é a indústria de luxo, todas estas marcas e boutiques que estão a capturar esta oportunidade”, de acordo com o responsável.
“Isto é o resultado do trabalho excecional de uma equipa e de muitos anos de preparação, de todo o investimento que fizemos na plataforma “, destaca o responsável.
A empresa liderada por José Neves registou lucros no valor de 516 milhões de dólares, face aos 79 milhões de perdas registados em período homólogo.
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