A Oitante, veículo que gere os ativos do antigo Banif que não foram comprados pelo Santander, registou 63,8 milhões de euros de resultados líquidos em 2022 o que compara com lucros de 24 milhões em 2021. O que representa um aumento de 165,8%.
“Estes resultados foram suportados pelo crescimento dos proveitos e o controlo dos custos operacionais e financeiros, permitindo assim que o capital próprio tenha incrementado 47,3% relativamente ao ano anterior, alcançando o montante de 199 milhões de euros, o qual compara com apenas 50 mil euros à data do início da sua atividade em dezembro de 2015”, refere a Oitante.
Os destaques das contas da Oitante vão para o processo de alienação de ativos imobiliários que proporcionou rendimentos de 74 milhões de euros; para a redução de participações em ativos financeiros que permitiram encaixe de 44,7 milhões de euros; para a carteira de crédito que registou uma diminuição da exposição bruta total de 27,9 milhões de euros; e para a amortização integral do empréstimo obrigacionista de 746 milhões de euros (3 anos e meio antes do seu vencimento).
“A realização eficiente do conjunto destas operações, permitiram à Oitante fechar o ano de 2022 com um saldo de liquidez de cerca de 79 milhões de euros (saldo acumulado na Oitante e na Banif Imobiliária), e propor a distribuição de um dividendo”, lê-se no comunicado.
A sociedade liderada por Miguel Artiaga Barbosa volta a distribuir dividendos e assim canalizará 32 milhões de euros para o Fundo de Resolução.
Recorde-se que em 2021, a Oitante optou por reter os resultados e não distribuir dividendos porque tinha como prioridade fazer o reembolso de toda a dívida contraída junto do Santander em 2015, aquando da resolução do Banif e da constituição da Oitante. O que acabou por fazer. A emissão de 746 milhões de euros, realizada em 2015 e com vencimento em dezembro de 2025, foi reembolsada integralmente mais de três anos antes da data do seu vencimento.
A Oitante diz que “continuará determinada e manterá o seu propósito na execução da estratégia preconizada, assente no desinvestimento dos ativos recebidos, com o claro objetivo de continuar a criar valor para o acionista”.
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