O Ministério Público abriu uma nova investigação no âmbito da Operação Influencer por suspeitas de violação do segredo de Estado. Em causa, noticia a revista Sábado, está uma pen drive, encontrada nas buscas à residência oficial do primeiro-ministro, em novembro de 2023, contendo nomes e dados pessoais de centenas de agentes do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Polícia Judiciária e quadros das Finanças.
A pen “suspeita” foi apreendida num cofre do então chefe de gabinete do primeiro-ministro Vítor Escária, no decorrer das buscas que levaram à demissão do primeiro-ministro, mas a decisão de abrir uma nova linha de investigação relacionada com o conteúdo do dispositivo foi tomada apenas em dezembro último, depois de uma reunião com o Procurador-geral da República, Amadeu Guerra.
Uma fonte próxima de Vítor Escária assegurou à revista Sábado que o antigo chefe de gabinete nunca abriu o conteúdo da pen e garantiu que dispositivo em causa terá chegado ao cofre no seu gabinete, no Palácio de São Bento, antes de ter assumido funções em agosto de 2020.
De recordar que nas buscas desencadeadas ao Palácio de São Bento, no dia 7 de novembro de 2023, foram encontrados no gabinete de Vítor Escária 75 mil euros em dinheiro, distribuídos em vários envelopes e numa caixa de champanhe. A pen “suspeita”, que dá agora origem a uma nova investigação, foi encontrada “acondicionada num saco de plástico transparente de pequenas dimensões, localizada num cofre sito no gabinete do buscado”, descreve a Sábado. Etiquetada como “item 19”, a pen drive foi apreendida, na altura, por haver indícios, pelo menos, de violação do segredo fiscal.
Contactado pela Sábado através do serviço de imprensa do Conselho Europeu sobre se tinha conhecimento ou não da existência desta pen no Palácio de São Bento, António Costa não respondeu.
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