A Northvolt está a fechar um pacote de resgate no valor de 300 milhões de dólares, que inclui a dívida e capital, revela hoje a “Bloomberg”.
Esta pode vir a ser uma bóia de salvação para a parceira da Galp na refinaria de lítio de Setúbal que tenta assim ganhar tempo para estabilizar a sua produção e garantir financiamento para o longo prazo.
Os suecos angariaram financiamentos de 10 mil milhões de dólares desde 2017, entre dívida e capital, mas a luta tem sido dura contra os gigantes chineses do sector, como a BYD ou a Contemporary Amperex Technology Co., que fabricam baterias há décadas e a preços muito competitivos.
O maior acionista da empresa, a Volkswagen, já garantiu que vai ajudar a Northvolt a aumentar a produção, mas não deu detalhes como. Já o segundo maior acionista da Northvolt é a Goldman Sachs AM que está a equacionar entrar no pacote.
O bridge funding (um financiamento de curto prazo até uma solução definitiva) está a ser combinado por acionistas, credores e clientes que estão a participar neste pacote.
As discussões da empresa co-fundada por Paolo Cerruti (na foto) estão nas fases finais, mas também existe a possibilidade de a agência noticiosa destaca que o acordo pode não vir a acontecer.
Este pacote iria garantir uma almofada financeira para assegurar um financiamento de longo prazo que garante a sustentabilidade da empresa.
Apesar da grande carteira de encomendas, a empresa tem tido dificuldade em entregar as baterias com qualidade e a um ritmo aceitável.
O cancelamento de um contrato de dois mil milhões de euros pela BMW em junho expôs os problemas da companhia, a par de uma desaceleração da procura por carros elétricos.
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