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Paulo Paixão: “IA Generativa não pode ser encarada como um Excel 2.0”

“Está tudo para fazer no governance destas operações, se queremos eficiência. Chegará o momento em que vamos perceber que temos muito que acelerar”, destacou o Head of Audit & Assurance da KPMG no evento que se realiza esta quarta-feira, organizado pelo JE e KPMG.
Paulo Paixão | Cristina Bernardo
3 Julho 2024, 10h05

Paulo Paixão, Head of Audit & Assurance da KPMG, destacou que as empresas portuguesas não podem encarar a IA Generativa como se fosse uma espécie de Excel 2.0 e que os executivos nacionais estão mais preocupados com a reputação do que com a fiabilidade dos dados.

“Em Portugal estamos mais preocupados com a reputação com a fiabilidade dos dados. Sentimos que controlamos pouco os riscos e daí a preocupação com a reputação”, destacou este responsável no evento desta terça-feira organizado pelo JE e KPMG com o apoio do Instituto Português de Corporate Governance.
Neste evento, Paulo Paixão detalhou o estudo “Generative AI Governance Survey”, uma ferramenta muito importante para perceber como o tema governance está a ser impacto pela IA Generativa e destacou aquela que, no seu entender, foi a maior surpresa deste estudo.
“Para mim é uma surpresa acreditar que a IA vai ser o Excel 2.0, mais rápido e eficiente, e não ter o foco na transformação absolutamente brutal na forma como vivemos. Não é esse o potencial percecionado em Portugal. Gostaria que o país beneficiasse dessa transformação até porque a dimensão do país não impacta na eficácia da IA. Está tudo para fazer no governance destas operações, se queremos eficiência. Chegará o momento em que vamos perceber que temos muito que acelerar”.

A consultora KPMG apresenta esta quarta-feira, num debate promovido em parceria com o JE, as conclusões do estudo “Generative AI Governance Survey”. A introdução de ferramentas ligadas à Inteligência Artificial Generativa nas empresas promete trazer mudanças significativas a todos os níveis: não só na produtividade como também na governance.

Neste encontro debatemos de que forma os mecanismos de governance devem adaptar-se a esta nova realidade em que a Inteligência Artificial Generativa é, cada vez mais, uma realidade, nomeadamente a nível da tomada de decisões por parte dos gestores das empresas.

O painel de debate contou com os contributos de João Moreira Rato, Presidente do Instituto Português de Corporate Governance, e Paulo Paixão, Head of Audit & Assurance da KPMG, e teve a moderação de Filipe Alves, Diretor do JE e Publisher da Media Nove.

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