O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o Governo “não tem condições para se manter em funções”, considerando que qualquer esclarecimento adicional que o primeiro-ministro possa dar no debate não alterará esse desfecho “inevitável”.
Na abertura do debate da moção de censura do PCP ao Governo, na Assembleia da República, Paulo Raimundo defendeu que “a sucessão de factos que se acumulam, envolvendo membros do Governo e o próprio primeiro-ministro, não são obra do acaso”
“São expressão da mistura entre funções públicas e interesses pessoais, e da confusão entre a sua política e o poder económico”, afirmou, salientando que o partido denuncia há muito “que o Governo está ao serviço dos interesses dos grupos económicos”.
Frisando que o Governo e o primeiro-ministro “podem e devem” dar “todos os esclarecimentos a todas as perguntas”, Paulo Raimundo considerou, contudo, que “daí não surgirão elementos que alterem a inevitável e urgente decisão que se impõe hoje”.
“Nada do que venha agora a dizer altera os factos até hoje conhecidos e que são, por si só, bastantes para concluir que o Governo não tem condições para se manter em funções”, defendeu.
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