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PCP limita lotação da Festa do Avante a 33 mil pessoas por dia devido à pandemia da Covid-19

O evento que marca anualmente a rentrée dos comunistas tem, segundo o partido liderado por Jerónimo de Sousa, capacidade para receber 100 mil pessoas. No entanto, vai ser limitada a presença a 33 mil pessoas por dia no recinto da Festa do Avante, que vai ter lugar na Quinta da Atalaia, no Seixal.
14 Agosto 2020, 15h15

O Partido Comunista (PCP) anunciou esta sexta-feira que vai reduzir para um terço a lotação máxima da Festa do Avante, devido à pandemia da Covid-19. O evento que marca anualmente a rentrée dos comunistas tem, segundo o partido liderado por Jerónimo de Sousa, capacidade para receber 100 mil pessoas, mas vai ser limitada a presença a 33 mil pessoas por dia no recinto da festa, que vai ter lugar na Quinta da Atalaia, no Seixal.

“O número de presenças em simultâneo na Festa [do Avante] será de um terço da capacidade licenciada”, lê-se num comunicado enviado pelo PCP às redações, onde o partido assegura que os visitantes terão à sua disposição “300 mil metros quadrados”, o que corresponde a “uma área superior à que está estabelecida para a frequência de praias e que, em regra, será o dobro daquela que está fixada para espaços similares (no caso, espaço ao ar livre)”.

Desta forma, cada visitante da Festa do Avante terá um espaço de cerca de nove metros quatros, tendo em conta que a área total da festa foi este ano aumentada para 30 hectares. Nas praias, as regras atuais preveem um distanciamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou barracas.

O horário da Festa do Avante foi também alterado, passando a hora limite para a entrada (e reentrada) no evento a ser às 24h00 de sexta-feira e sábado e às 22h00 de domingo, em vez, respetivamente, da 01h00 e das 22h30 anteriormente previstas.

Será ainda adotado “um conjunto de procedimentos quanto à circulação nas imediações e no interior do recinto da Festa do Avante”, no qual se destacam os corredores de circulação de sentido único, a separação de canais de entrada e saída e uma maior fluidez de acesso a transportes públicos.

O PCP, que tem estado a coordenar os preparativos da Festa do Avante com as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), diz estar a ser alvo de uma “campanha contra a Festa do Avante pretendendo a sua estigmatização, procurando impor-lhe limitações excecionais que não vigoram nas múltiplas expressões da vida social e cultural, e pôr em causa direitos políticos que o povo português alcançou com o 25 de Abril”.

Os comunistas garantem ainda “toda a responsabilidade” e “condições” para o “usufruto em tranquilidade e segurança” da Festa do Avante, que tem data marcada para os próximos dias 4, 5 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no concelho do Seixal.

“A fruição da vida é hoje como sempre, a par da adoção de todas a medidas preventivas em termos de saúde pública e a pedagogia dessa prevenção, um fator não só de promoção de saúde física e mental como de bem-estar individual e coletivo. Esse é o caminho que a Festa do Avante aponta. Esse é o caminho que o país precisa”, afiançam.

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