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Pedro Baltazar diz que o setor dos media está “quase parado” mas que existe “a oportunidade de alguma retoma no investimento”

Pedro Baltazar acredita que “a notoriedade das marcas vai ter retorno no médio prazo muito assinalável”, devido rápido crescimento das audiências, “especialmente na TV generalista, cabo no seu todo” e nas plataformas digitais nas últimas semanas, podendo esse aumento continuar “nos tempos próximos”.
  • Cristina Bernardo
21 Março 2020, 15h15

O fundador e presidente da agência de meios Nova Expressão, Pedro Baltazar, não está “muito pessimista” quanto à duração da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Mas os efeitos económicos gerados pela pandemia já se fazem sentir em todo o mundo, incluindo Portugal e o gestor conta ao Jornal Económico que o setor dos media, no seu todo, está “quase parado” em março, com exeção dos meios noticiosos.

“O ano de 2019 foi dos melhores dos últimos anos no que diz respeito ás agências e centrais de compra, as quais conseguiram agilizar definitivamente a sua oferta à maior complexidade que o mundo digital tem trazido na procura eficaz do consumidor”, lembra. O ano de 2020 “tinha começado de forma prometedora”, mas o atual momento poderá levantar barreiras a todo o mercado.

Pedro Baltazar diz, contudo, que “a oportunidade de alguma retoma no investimento existe”, apontando também a necessidade de o mercado “manter os postos de trabalho do setor”. Sobre as medidas que o Governo tomou, o presidente da Nova Expressão entende-as como “as óbvias”.

O gestor explica também que “existem alterações de consumo de media muito rápidas, podendo o investimento da parte dos clientes ser o mais eficiente dos últimos anos, especialmente em TV generalista, cabo no seu todo, digital nas plataformas de base portuguesas , onde as audiências têm tido um rápido crescimento nas últimas semanas e vão continuar nos tempos próximos”.

Daí o otimismo de Pedro Baltazar, que acredita que “a notoriedade das marcas vai ter retorno no médio prazo muito assinalável”.

Ainda assim sublinha ao Jornal Económico que, após o fim da pandemia, as empresas deveriam “incorporar” profissionais “com mentalidades mais abertas” para enfrentar mudanças futuras. Por isso apela às empresas que estruturem a sua operação em “projetos de médio e longo prazo” e que as preparem para  eventuais alterações, “ainda mais rápidas que o processo digital e tecnológico já tinham trazido, e que invistam ainda mais na capacidade humana”.

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