O deputado da Iniciativa Liberal Madeira (IL), Nuno Morna, considerou como uma “piada de mau gosto” a proposta do presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, de formação de uma coligação pré-eleitoral que junte PS, Juntos pelo Povo (JPP), Iniciativa Liberal (IL), PAN e Bloco de Esquerda (BE), caso existam eleições regionais antecipadas por via da aprovação da moção de censura, do Chega, a 17 de dezembro.
A posição do deputado liberal surge no blog ‘Madeira mais Liberal’ onde Nuno Morna reforça que a proposta do líder socialista madeirense é “simultaneamente, uma piada de mau gosto e um estudo de caso em indigência política”.
Nuno Morna afirma que só alguém com uma “vocação especial para o disparate seria capaz de imaginar uma coligação que alinhasse, lado a lado”, o PS, o JPP, a IL, o PAN e o BE.
“Não é uma coligação; é um espetáculo circense. Um “saco de gatos” seria um elogio: aqui temos gatos, cães, cabras e, pelo meio, um ou outro pavão. E tudo isto, claro, sob a batuta de Cafôfo, o visionário que se julga maestro, mas que não passa de um animador de karaokes políticos”, afirmou Nuno Morna.
Nuno Morna referiu que a ideia de que a Iniciativa Liberal poderia integrar esta geringonça reencarnada “é tão absurda” que merece ser desmontada.
“A Iniciativa Liberal, goste-se ou não, tem uma identidade clara e um propósito definido. Defendemos menos Estado, menos impostos, mais liberdade individual. Agora expliquem-me, com o vosso melhor ar sério, como isto é compatível com um BE que ainda acha que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi uma ideia promissora ou com um PAN cuja maior ambição parece ser proibir bifes ao pequeno-almoço. Será que Cafôfo imagina que vamos negociar o liberalismo em troca de quotas de tofu nas cantinas escolares?”, questionou o deputado liberal e antigo líder da Iniciativa Liberal Madeira.
Nuno Morna salientou que ainda há o PS ,que no entender do deputado liberal, “nos trouxe até este pântano” com o seu “hábito insaciável de gastar dinheiro que não tem, de taxar quem trabalha e de distribuir prendas” pelos amigos.
“E há o JPP, essa espécie de sindicato dos irritados, sempre prontos a gritar, mas incapazes de apresentar uma ideia coerente. Estes partidos não têm uma base comum: têm, no máximo, um ressentimento partilhado contra quem lhes tira o lugar à mesa. E Cafôfo, qual mediador de feira, acha que pode juntá-los como se fosse vender um conjunto de panelas”, disse Nuno Morna.
Nuno Morna considerou que a proposta de coligação pré-eleitoral apresentada pelo PS, presidido por Paulo Cafôfo, “é patética”.
O liberal reforça que a proposta de Cafôfo é o “reflexo” de uma certa mentalidade portuguesa que vê o poder como um fim em si mesmo.
“Cafôfo não tem um projeto, não tem uma ideia, não tem sequer uma desculpa convincente. O que ele tem é uma calculadora, onde soma votos como quem conta feijões. A coligação que propõe não é um Governo: é uma comissão de interesses, disfarçada de ambição coletiva”, defendeu Nuno Morna.
“E, como seria de esperar, nada disto faz sentido. Imaginem os debates internos: um BE que quer destruir o capitalismo, sentado ao lado da Iniciativa Liberal, que quer libertá-lo. Um PAN que chora pelos cães vadios, enquanto o JPP grita que os culpados são “eles”. E no meio, Cafôfo, a tentar convencer-nos de que esta ópera bufa pode ser governável. O resultado? Uma anedota que acabaria, inevitavelmente, em desgoverno ou, pior ainda, em tragédia”, disse o deputado da Iniciativa Liberal.
Nuno Morna considera, sublinhando que essa é a sua opinião, que a Iniciativa Liberal “jamais poderia alinhar nesta farsa”.
O deputado liberal diz que essa posição “não é por arrogância nem por purismo, mas por decência”, sublinhando que enquanto Cafôfo e os seus aliados “brincam ao poder”, a Iniciativa Liberal tem um país “para mudar”. E para que isso aconteça, considera Nuno Morna, “é preciso seriedade, não comédias de salão. Que Cafôfo fique com o seu circo; nós preferimos construir o futuro”.
Retificação: numa versão anterior era referido que a moção de censura era debatida a 19 de dezembro
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