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Plano de Recuperação: “Não é salve-se quem puder, é salvem-se se puderem”, aponta André Ventura

Após reunião com o primeiro-ministro, André Ventura destacou que o partido está particularmente preocupado com o dinheiro que virá da União Europeia, bem como com a verba reforçada para a habitação pública.
21 Setembro 2020, 18h11

O líder do Chega, André Ventura, considerou esta segunda-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência do Governo “é um conjunto de ideias vagas e um salvem-se se puderem”.

“Não é salve-se quem puder, é salvem-se se puderem, que se não puderem o Estado também não vai estar cá para vos apoiar”, garantiu André Ventura depois de consultar o Plano de Recuperação e Resiliência cujas “ideias vagas” não ajudam porque “não permite aos partidos da oposição fazer o escrutínio que devem fazer”.

“Não há outro plano se não esperar pelo dinheiro da Europa”, frisou André Ventura explicando aos jornalistas que questionou o primeiro-ministro, António Costa, sobre quando iriam chegar as verbas. “Temos a certeza que vai haver um processo rápido de chegada do dinheiro, não temos, vamos aprovar normas e regulamentos pelo parlamento europeu e pela comissão”, explicou o representado de o Chega. “É importante perceber, o dinheiro pode não chegar tão rápido como esperamos”, completou.

“Este modelo estanque que o Governo criou em que só para terem uma ideia 3,2 mil milhões são para políticas de natureza social esquecendo muito da classe média que sustenta este país, é um exemplo de como estamos desvirtuados na matéria de orientação das nossas políticas”, mencionou André Ventura apontando a segunda preocupação do partido, a de que “mais uma vez vamos ter os que já estão habituados a receber mais um aumento da subsidiação”.

“Questionei o primeiro-ministro sobre a questão da habitação, se isto serviria para ajudar aquelas famílias de classe média, de classe média-baixa comuns que não conseguiram por força da pandemia pagar as suas rendas iam ser subsidiados ou se estamos a falar de habitação publica que já sabemos para quem vai, e vai para os mesmo de sempre e vai ser habitação publica e isto é grave”, garantiu André Ventura.

O líder do Chega afirmou ainda que “vamos ter uma verba reforçada para a habitação pública remetendo para a ideia que os mesmos vão receber apoios do estado” e comparou os “500 milhões de euros que vão para as empresas” com os 1,8 milhões que foram definidos para a administração pública no plano elaborado pelo executivo de António Costa.

 

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