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Política “contracionista” deverá conciliar redução da carga fiscal e investimento, diz CIP

Após o Eurogrupo ter sinalizado esta semana um caminho orçamental mais estreito para garantir a redução do défice e dívida, CIP alerta para reforço da aposta no investimento e alívio no IRC.
21 Julho 2024, 15h00

Os ministros das Finanças da zona euro sinalizaram esta semana a tendência orçamental “contracionista” para o próximo ano devido às novas regras para a governação económica da União Europeia que visam continuar a apoiar a sustentabilidade das contas públicas e o processo desinflacionista em curso. Com o Eurogrupo a não esconder que o investimento deve ser preservado, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) coloca o dedo na ferida: apesar do ajustamento das finanças públicas, Portugal deve apostar em mais investimento, assinalando dificuldades acrescidas em medidas adicionais de estímulo à economia face à margem de manobra orçamental que está já a ser absorvida.

Para a CIP, a política orçamental nos próximos anos deve ser desenhada de maneira a conciliar o investimento público e a redução da carga fiscal sobre as empresas e as famílias com a sustentabilidade das finanças públicas. Armindo Monteiro reforça ao JE a mensagem que, numa conjuntura em que Portugal tem pela frente uma redução muito significativa da dívida pública e boas notações de rating, o país deve apostar em políticas de sustentabilidade. A chave, diz, passa por “mais investimento (público e privado; PRR e PT2030, mas também a captacão de investimento) e criar as condições para que a economia cresça”, defendeu ao JE Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

O alerta da CIP surge após a declaração final dos ministros das Finanças da zona euro, que reuniram no início desta semana em Bruxelas para debater a situação económica e orçamental na área do euro, bem como a orientação da política orçamental para 2025. Uma posição comum adotada pelo Eurogrupo, cuja orientação tem em conta as novas regras para a governação económica da União Europeia para controlar a despesa a médio prazo e que obrigam os Estados-membros com uma dívida pública superior a 90% (como é o caso português, que está atualmente nos 105%) à redução do rácio a uma média anual mínima de 1% do PIB. Portugal será obrigado a cortar 2,8 mil milhões por ano com novas regras orçamentais.

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