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Portugal paga taxas mais altas, em terreno negativo, para emitir 1.250 milhões a três e 11 meses

O IGCP emitiu 500 milhões de euros em dívida com prazo em setembro de 2021 e 750 milhões com maturidade em maio do próximo ano. Taxas subiram de forma ligeira, mas continuam em terreno negativo devido à política monetária acomodatícia do BCE.
16 Junho 2021, 11h04

Portugal pagou esta quarta-feira taxas ligeiramente menos negativas face ao leilão anterior para emitir um total de 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) a três a onze meses, o montante máximo indicativo, com a procura a descer nas duas maturidades.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública -colocou 500 milhões de euros em dívida a três meses, com uma taxa média ponderada de -0,592%, que compara com os -0,599% no último leilão, que ocorreu a 21 de abril. A procura superou a oferta em 2,71 vezes, o que compara com 3,65 vezes na venda anterior.

A 11 meses foram colocados 750 milhões de euros em BT à taxa média de -0,550%, face aos -0,558%, registados no último leilão . Nesta maturidade, a procura foi 2,14 vezes acima da oferta, menor do que os 3,04 na emissão de abril.

“Os prémios de risco da dívida de curto prazo não têm sofrido grandes alterações”, referiu Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, adiantando que a mensagem dos bancos centrais continua a ser o grande mote para as taxas não subirem.

“Na semana passada, na reunião do BCE, Chirstine Lagarde deu ao mercado as indicações que este esperava. O suporte por parte dos governos da zona euro à economia, só será retirado quando existirem sinais claros de que a recuperação económica está em andamento, fase que só agora começou”, sublinhou, explicando que Portugal continua a beneficiar desta politica acomodatícia, que tem permitido emitir divida de curto prazo com taxas negativas, importantes para a retoma económica do país.

[Atualizada às 11h40]

https://jornaleconomico.pt/noticias/mao-firme-de-lagarde-mantem-o-acelerador-no-maximo-749508

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