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Possíveis descontos nas tarifas de Trump fazem mercados recuperar

Segundo a “CNBC”, o presidente norte-americano anunciou que os países poderiam obter uma “pausa” nas tarifas recíprocas, o que fez com que os mercados recuperassem esta terça-feira. Contudo esta recuperação não deve ficar, uma vez que Donald Trump tem sido imprevisível na aplicação das tarifas.
25 Março 2025, 13h44

As tarifas comerciais norte-americanas anunciadas pelo presidente Donald Trump têm causado alguns temores pelo mundo. Até ao momento estas tarifas assumiram formas específicas para cada país, contudo Trump tem sido bastante “flexível” na sua implementação.

Segundo a “CNBC”, o presidente norte-americano anunciou que os países poderiam obter uma “pausa” nas tarifas recíprocas, o que fez com que os mercados recuperassem esta terça-feira. Contudo esta recuperação não deve ficar, uma vez que Donald Trump tem sido imprevisível na aplicação das tarifas.

Frequentemente os analistas analisam o mercado de forma a tentarem prever o futuro das ações, no entanto, neste momento seria “mais proveitoso transferir esse escrutínio para Trump, que alternadamente fez com que os mercados crescessem e afundassem com um pronunciamento”, refere a “CNBC”.

Mais recentemente, o presidente norte-americano referiu que irá anunciar tarifas sobre automóveis, produtos farmacêuticos e outras indústrias, nomeadamente a indústria da madeira e dos semicondutores. Na passada segunda-feira, o presidente também anunciou que os Estados Unidos irão impor tarifas de 25% aos países que comprem petróleo e gás da Venezuela.

Esta última decisão foi justificada pelo presidente pela migração a partir deste país para os EUA e também pelo grupo criminal Tren de Aragua, originário da Venezuela, mas que mantém atividade nos EUA.

Contudo, apesar destes novos anúncios Donald Trump também revelou que “muitos países podem beneficiar de pausas” nas tarifas recíprocas, que devem entrar em vigor a 2 de abril. Na passada segunda-feira o presidente afirmou que estas tarifas irão ser menos rigorosas do que se antecipava. “Os outros países cobraram-nos tanto que tenho vergonha de lhes cobrar o que eles nos cobraram, mas será substancial. Vão ouvir falar disso a 2 de abril”, revelou o presidente.

Um relatório da Crédito y Caución, refere que a indústria farmacêutica e automóvel europeus serão os mais afetados pelas tarifas, uma vez que só o setor farmacêutico exporta 15% da sua produção para os Estados Unidos.

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