Os preços do alimentos na Rússia estão a aumentar, avançou, esta segunda-feira, a “CNBC”. A taxa de inflação anual da Rússia chegou a 8,5% em outubro, bem acima da meta do banco central de 4%. Isso levou o banco, no mês passado, a aumentar as taxas de juros para 21%— o seu nível mais alto em mais de 20 anos — e um novo aumento é esperado em dezembro.
Altas taxas de juros mostraram poucos sinais de amortecimento do crescimento de preços até agora, com a inflação de alimentos, em particular, a ser sentida intensamente pelos compradores. Produtos lácteos, óleo de girassol e vegetais (especialmente batatas, com preços 74% acima desde dezembro do ano passado) estão entre os itens que vêm os preços aumentar de forma contínua, de acordo com dados semanais da Rosstat.
Anton Barbashin, um analista político russo e diretor editorial do jornal Riddle, disse que os aumentos de preços eram inevitáveis para a maioria dos cidadãos e referiu à CNBC que “cerca de metade de todos os russos gastam a maior parte de seu salário em comida, então eles sentem mais a inflação”.
“A inflação de produtos é agora o maior impulsionador da inflação, como tal. Então, os preços de bens básicos, alimentos e outros itens pessoais estão a aumentar mais”, frisou Barbashin.
O especialista acrescentou que “até agora, a estratégia da maioria dos russos tem sido mudar os seus padrões de consumo, optar por produtos de menor qualidade. Adiar quaisquer compras de longo prazo. No entanto, esse stresse não é distribuído uniformemente. Moscovo ainda mal está a sentir os problemas. Os mais atingidos são [as pessoas nas] menores cidades e áreas rurais”.
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