O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou hoje que acredita que haverá um acordo entre a central sindical UGT e o Governo em relação à reforma da lei laboral, considerando que foram dados sinais importantes na quarta-feira.
Apesar de considerar inevitável que se realize a greve geral convocada pelas duas centrais sindicais (UGT e CGTP) para 11 de dezembro, o ex-presidente do PSD considerou que poderá haver acordo, no futuro, entre UGT e Governo em relação à reforma da lei laboral.
“O mais importante é fazer-se uma reforma com um acordo social, e com um acordo envolvendo a UGT, que é uma central sindical muito, muito responsável. E eu acho que estamos a caminho disso”, afirmou Luís Marques Mendes, que falava aos jornalistas antes de almoçar nas cantinas azuis da Universidade de Coimbra, numa ação de pré-campanha.
O candidato presidencial, “ao contrário de toda a gente que acha que isto vai acabar em rutura”, acredita que “vai acabar num acordo”.
“Isto diz a minha experiência de muitos anos. Não se deixem precipitar pelo dia-a-dia, porque isto é um processo muito longo”, vincou.
Para sustentar essa crença, Luís Marques Mendes apontou para a reunião de quarta-feira entre Governo e UGT, em que viu a situação “muito desanuviada”, depois de ter estado “muito crispada há dez dias”.
“A greve vai evidentemente acontecer, mas isso não me parece o mais dramático. O importante é manter-se espírito de diálogo e de equilíbrio mesmo depois da greve. E o dia de ontem [quarta-feira] foi um grande sinal”, afirmou.
Para Marques Mendes, o facto de a UGT ter pedido mais tempo para analisar as propostas do Governo e o facto de o Governo ter aceitado dar mais tempo mostra que as duas partes estão interessadas no diálogo e na negociação.
“O dia de ontem ajudou a desanuviar o ambiente. E eu acho que nas próximas semanas vamos ter outros dias de desanuviamento”, disse.
A greve convocada pelas duas centrais sindicais surge em reação à proposta de reforma à lei laboral por parte do Governo, que propõe o aumento da duração dos contratos a prazo, o regresso do banco de horas individual, o fim do travão à contratação externa após despedimentos, a revisão das licenças parentais e reforço dos serviços mínimos obrigatórios em caso de greve, entre outras alterações propostas.
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