O primeiro trimestre de 2024 registou uma oferta total de 14.850 fogos para habitação, o que significou um aumento de 15% face ao mesmo período do ano anterior (12.950 fogos), segundo os dados revelados pela Confidencial Imobiliário, no âmbito do sistema de informação ‘Pipeline Imobiliário’, que incide sobre os pré-certificados energéticos emitidos pela Agência para a Energia (ADENE).
Neste período, deram entrada nas autarquias de Portugal Continental um total de 5.200 novos pedidos de licenciamento para projetos de habitação.
A construção nova mantém-se como o tipo de obra dominante, gerando 83% dos fogos em pipeline no país, num total de 12.250 unidades, enquanto a reabilitação urbana agregou os restantes 17%, correspondentes a 2.600 fogos.
Em termos geográficos, o Porto foi o concelho com maior volume de fogos em carteira no país, num total de 712 unidades, seguido por Lisboa (564), Almada (531), Vila Nova de Gaia (481) Leiria e Matosinhos (ambas 420 unidades) e, no patamar dos 300 fogos, Maia, Aveiro, Braga e Portimão.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, refere que “estes números mostram um acréscimo das intenções de investimento em nova promoção residencial, contudo, o ritmo de licenciamentos está bastante longe de acompanhar a dinâmica desta nova oferta projetada. Continua a haver um desfasamento importante entre o investimento projetado e a capacidade de concretização desses investimentos, num contexto que mantém o fluxo de oferta disponível sob pressão e que, de acordo com os inquéritos realizados junto do setor da promoção, continua a dever-se muito à morosidade dos licenciamentos”.
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