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Procura por concertos pode levar a aumento da inflação

Várias figuras da música pop concentraram os seus concertos em 2023. Depois dos esforços dos Bancos Centrais em aumentar as taxas de juro para contrariar a inflação, os músicos podem aumentar o índice que controla a economia mundial apenas pelo preço dos bilhetes.
27 Junho 2023, 12h01

A inflação tem apresentado uma rota descendente, mas nestes últimos meses a descida apresentou uma desaceleração. A razão? Concertos das maiores estrelas da música, acredita a “Reuters”.

Na verdade, este é um caso prático e já confirmado na Suécia: ‘Beyflation’. Os concertos da cantora Beyoncé fizeram aumentar a inflação em maio, depois dos hotéis terem aproveitado para aumentar os preços.

Em maio, a inflação sueca fixou-se em 8,2%, perdendo ligeiramente o fôlego, algo que os economistas não esperavam.

Mas a maior preocupação que surgiu do concerto da ex-integrante das Destiny Child foi o provável aumento das taxas de juro na Suécia para combater a inflação, que persiste a manter-se elevada.

Os fãs estão a gastar pequenas fortunas em bilhetes para concertos, quase não olhando a custos para ver os seus ídolos. “As pessoas estão dispostas a gastar porque sabem que vão ter direito a conteúdo de qualidade, porque as pessoas não sabem quando ou se há outras tournée a seguir”, aponta Mario Ihieme, fã londrino de Beyoncé, explicando à “Reuters” a corrida aos bilhetes.

Só no Reino Unido, indica a publicação, os preços relacionados com o sector da cultura aumentaram 6,8% até maio deste ano, o crescimento mais rápido em 30 anos.

Enquanto uma espanhola gastou 92 euros num concerto para ir ver Beyoncé (que não fazia uma tournée mundial há vários anos), um norte-americano de Los Angeles gastou 6.650 dólares para se deslocar à Europa para ver a cantora.

Mas não é só Beyoncé.

Os concertos mundiais de Taylor Swift têm levado os fãs à loucura desde que as datas são anunciadas. Existe uma corrida desenfreadas para conseguir bilhetes em pré-venda para ver a cantora. A ‘Eras Tour’ marca o regresso de Swift aos palcos depois de uma batalha legal sobre direitos de autor e dos seus discos, tanto que a cantora realiza concertos de três horas onde interpreta 44 êxitos musicais.

Outros nomes são Bruce Springsteen, Backstreet Boys e Coldplay que também têm esgotado concertos pelo mundo fora e mexido com as economias de vários países.

O festival de Glastonbury levou ao cartaz nomes como Lewis Capaldi, Elton John, Arctic Monkeys e Gun N Roses, tendo cobrado 340 libras (393 euros) por um passe de cinco dias.

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