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Procurador-geral de Nova Iorque investiga empresas Trump por suspeitas de fraude fiscal

A procuradora-geral, Letitia James, está a conduzir um inquérito civil sobre a Organização Trump, uma investigação criminal que será conduzida paralelamente pelo promotor público de Manhattan, Cyrus Vance.
19 Maio 2021, 16h32

O procurador-geral de Nova Iorque confirmou, esta quarta-feira, a abertura de uma investigação criminal às empresas de Donald Trump, segundo a notícia avançada pelo “The Guardian”.

Foi revelado que procuradora-geral, Letitia James, estava a conduzir um inquérito civil sobre a Organização Trump. A investigação criminal será conduzida paralelamente pelo promotor público de Manhattan, Cyrus Vance. Em causa estão declarações falsas sobre valores de propriedades para obtenção de benefícios económicos e fiscais.

A medida foi comunicada em uma carta recente de James à Organização Trump. “Informamos a Trump Organization que a nossa investigação já não é puramente civil na sua natureza”, escreveu Letitia James, acrescentando que “agora estamos a investigar ativamente a Organização Trump na qualidade de criminosa, juntamente com o Distrito de Manhattan. Não temos comentários adicionais neste momento”, cita o jornal britânico a missiva.

A Organização Trump ainda não fez comentários, mas no passado tinha rejeitado as investigações e caracterizando-as como caça às bruxas com motivação política e apontou que James e Vance são democratas. Desde que saiu da Casa Branca Trump já foi confrontado com pelo menos três investigações criminais.

Num outro processo, Vance tem igualmente examinado negócios de Trump, mas os que remontam ao tempo antes da presidência. Os responsáveis pela comunicação do escritório de Vance disseram que estava a ser investigado “uma conduta criminosa possivelmente extensa e prolongada” na Trump Organization, incluindo fraude em impostos e seguros e falsificação de registos comerciais.

A investigação de Vance começou depois que se descobriu que o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, pagou para silenciar duas mulheres nos meses anteriores à eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Ambas confessaram que tiveram casos com Trump.

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