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PSD diz que lay-off vai influenciar a taxa de desemprego, PCP pede medidas “urgentes e imediatas”

“Nós temos imensas empresas e milhares de trabalhadores em lay-off. Desses, quantos é que vão regressar ao trabalho e quantos é vão sair para o desemprego?”, questionou o líder do PSD.
30 Julho 2020, 12h02

O PSD e PCP comentaram o aumento da taxa de desemprego para 7%, esta terça feira, 29 de julho. Rui Rio alertou para a influência que o lay-off poderá ter nos números do desemprego, já o PCP pediu, em nota de imprensa no site do partido, “medidas urgentes e imediatas”.

Durante a sua visita ao Algarve, a 29 de julho, o Presidente do PSD garantiu que os números conhecidos continuam a ser “uma incógnita”, sendo a taxa efetiva muito difícil de estimar.

“A taxa de desemprego em Portugal é uma incógnita. Isso que foi hoje divulgado, era bom que fosse assim, mas não é, é pior. Nós temos imensas empresas e milhares de trabalhadores em ‘lay-off’, desses trabalhadores quantos é que vão regressar ao trabalho e quantos é vão sair para o desemprego”, alertou Rui Rio.

Por sua vez, o PCP considerou que “a situação em torno da epidemia assume um significado particular na atual realidade do desemprego” e acusa  “as recentes alterações ao Código de Trabalho acordadas entre PS, PSD, CDS, Patronato e UGT” de terem acrescentado “precariedade à precariedade já existente”. “Facilitou os despedimentos, muitos a pretexto da epidemia”, apontou o partido comunista.

Assim, o partido liderado por Jerónimo de Sousa pede “medidas urgentes e imediatas para responder já às graves situações que os trabalhadores enfrentam, medidas fundamentais para fazer frente a uma situação social e económica, que se não mudar o rumo das opções políticas de fundo, tenderá a agravar-se”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatícistas (INE), apesar do aumento ser de 7%, na verdade os números são mais elevados sendo que a taxa de subtilização do trabalho ascendeu aos 15,4%. A diferença deve-se facto de muitos trabalhadores sazonais ficarem fora das contas da taxa de desemprego, por não estarem ativamente à procura de emprego.

“Para o aumento mensal da taxa de subutilização do trabalho neste mês, ao contrário do sucedido nos meses anteriores, contribuiu exclusivamente o aumento do número de desempregados e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial, já que diminuiu o número dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e o de inativos disponíveis mas que não procuram emprego”, indicou o INE

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