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PSD pede ao Governo que reforce estratégia para telesaúde que está na gaveta desde 2019

Os social-democratas salientam que, com a pandemia da Covid-19, registou-se um aumento significativo das teleconsultas e, por isso, “urge” reforçar as respostas de saúde à distância para melhorar a qualidade do acompanhamento médico aos pacientes. 
JOSE COELHO/LUSA
1 Abril 2021, 12h58

O Partido Social Democrata (PSD) pede ao Governo que implemente, com urgência, o Plano Estratégico Nacional de Telesaúde, que está na gaveta há quase dois anos. Os social-democratas salientam que, com a pandemia da Covid-19, houve um aumento significativo das teleconsultas e, por isso, “urge” reforçar as respostas de saúde à distância para melhorar a qualidade do acompanhamento médico aos pacientes.

Num projeto de resolução entregue esta quarta-feira na Assembleia da República, o PSD alerta que a pandemia conduziu a uma “disrupção significativa” do acesso aos cuidados de saúde prestados aos portugueses, “com consequências nefastas ao nível da morbilidade e da mortalidade”, e aumentou “exponencialmente” o número de teleconsultas, que não foram, porém, além de contactos telefónicos.

A bancada do PSD considera que a situação é “particularmente dramática” para os doentes crónicos que integram os grupos de maior risco de desenvolverem formas graves de Covid-19 (nomeadamente os doentes cardiorespiratórios e os idosos acamados) que, sem o contacto visual com os profissionais de saúde, não puderam usufruir das “vantagens em termos de comunicação não verbal”, que contribuem para “o utente se sentir mais seguro”.

“Decorrido um ano de pandemia, e sem que o fim desta possa ainda ser antecipado com segurança, urge repensar a estratégia adotada de urgência e otimizar a estratégia de futuro, estruturando o caminho com base no que já se fez e no que já se aprendeu com o uso da Telesaúde, até aos dias de hoje”, defende o partido.

Os social-democratas criticam ainda o Governo por não ter ainda concretizado o Plano Estratégico Nacional de Telesaúde (conhecido pela sigla PENTS), que estava previsto para o período de 2019-2022. “A não concretização do mesmo revela-se muito negativa atenta a importância crescente que a Telesaúde assume em termos de saúde pública”, refere o grupo parlamentar do PSD, na iniciativa entregue no Parlamento.

O PSD recomenda, por isso, ao Governo que promova, nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), programas de teleassistência com recurso a telemonitorização, garanta o acesso universal dos utentes do SNS aos respetivos médicos de família ou médicos assistentes, através de teleconsulta com recurso a imagem, e crie uma equipa responsável por implementar o Plano Estratégico Nacional de Telesaúde.

Quer ainda, entre outras medidas, que se assegure o apoio aos utentes dos grupos de maior risco e doentes crónicos por meio da implementação de uma Rede de Apoio Domiciliário que integre a Telesaúde (Rede de Teleassistência Domiciliária) e integre o direito à Telesaúde no conjunto de direitos dos cidadãos.

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