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PSD: “Revejo-me tanto no Chega como me revejo no Bloco de Esquerda”, diz Nuno Morais Sarmento

Questionado sobre as polémicas posições suscitadas pelo Chega, Morais Sarmento frisou que não se revê na voz de André Ventura, mas defendeu que “fazia falta” e que tem “tanto direito a existir quanto a do BE”.
Cristina Bernardo
2 Fevereiro 2020, 15h50

“Revejo-me tanto no Chega como me revejo no BE, porque são, na minha opinião, partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda, respetivamente (…) a minha distância para o Chega é igual, sensivelmente, à minha distância para o BE”, declarou o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, durante uma entrevista à TSF e ao DN emitida este domingo.

Questionado sobre as polémicas posições suscitadas pelo Chega, Morais Sarmento frisou que não se revê na voz de André Ventura, mas defendeu que “fazia falta” e que tem “tanto direito a existir quanto a do BE”.

O responsável social-democrata considerou que o Chega, representado pela primeira vez no parlamento, provoca polémica porque o país não está “habituado” a posições de direita mais extremas.

Morais Sarmento disse que a solução de governo anterior também não era equilibrada, considerando que “a extrema-esquerda estava à porta do governo e a extrema-direita à porta da clandestinidade”.

Na entrevista, o social-democrata assumiu-se ainda “inequivocamente contra uma solução política de bloco central” (PSD-PS).

O ex-ministro da Presidência de Durão Barroso e Santana Lopes abordou igualmente a nova liderança do CDS-PP saída do congresso da passada semana, considerando que o partido parece ter dado um passo à direita.

Na opinião do dirigente social-democrata, se o CDS decidir “fazer o campeonato do Chega” ficará sempre a perder porque o partido de André Ventura “dobra a parada”.

“Diga ele o que disser, o Chega diz a dobrar”, antecipou Nuno Morais Sarmento.

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