“Revejo-me tanto no Chega como me revejo no BE, porque são, na minha opinião, partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda, respetivamente (…) a minha distância para o Chega é igual, sensivelmente, à minha distância para o BE”, declarou o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, durante uma entrevista à TSF e ao DN emitida este domingo.
Questionado sobre as polémicas posições suscitadas pelo Chega, Morais Sarmento frisou que não se revê na voz de André Ventura, mas defendeu que “fazia falta” e que tem “tanto direito a existir quanto a do BE”.
O responsável social-democrata considerou que o Chega, representado pela primeira vez no parlamento, provoca polémica porque o país não está “habituado” a posições de direita mais extremas.
Morais Sarmento disse que a solução de governo anterior também não era equilibrada, considerando que “a extrema-esquerda estava à porta do governo e a extrema-direita à porta da clandestinidade”.
Na entrevista, o social-democrata assumiu-se ainda “inequivocamente contra uma solução política de bloco central” (PSD-PS).
O ex-ministro da Presidência de Durão Barroso e Santana Lopes abordou igualmente a nova liderança do CDS-PP saída do congresso da passada semana, considerando que o partido parece ter dado um passo à direita.
Na opinião do dirigente social-democrata, se o CDS decidir “fazer o campeonato do Chega” ficará sempre a perder porque o partido de André Ventura “dobra a parada”.
“Diga ele o que disser, o Chega diz a dobrar”, antecipou Nuno Morais Sarmento.
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