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Putin está “pronto” para negociar com Zelensky “se necessário”

No dia seguinte ao encontro em Paris de líderes europeus, Rússia e Estados Unidos tecem o futuro da Ucrânia. Sendo certo que a NATO está colocada de parte mas não a União Europeia.
Reuters
18 Fevereiro 2025, 11h58

Vladimir Putin está “pronto” para negociar com Volodymyr Zelensky “se necessário”: “o próprio Putin disse que, se necessário, estaria pronto para negociar com Zelensky, mas o problema legal dos acordos deve ser discutido levando em conta a realidade”, disse Peskov, referindo-se à falta de “legitimidade”, segundo Moscovo, do líder ucraniano, já que o seu mandato expirou oficialmente em maio de 2024. Vale apena recordar que a lei marcial em vigor na Ucrânia desde fevereiro de 2022, no entanto, exclui a realização de eleições – mas o presidente norte-americano, Donald Trump, já se lembrou de dizer que é um assunto que deve estar em cima da mesa.

A solução do conflito na Ucrânia é “impossível” sem uma discussão mais ampla sobre questões de segurança na Europa: “Uma solução de longo prazo, uma solução viável, é impossível sem um exame abrangente das questões de segurança no continente “, garantiu Peskov. A Rússia há muito tempo deseja reorganizar a arquitetura de segurança na Europa, tendo Moscovo solicitado a retirada das forças da NATO da Europa Oriental – um tema ‘fraturante’, uma vez que resulta de uma combinação que antiga, dada ao último presidente da União Sociétiva, Mikhail Gorbatchov.

O Kremlin reconhece o “direito” da Ucrânia de ingressar na União Europeia, mas não na NATO: “quanto à adesão da Ucrânia à UE, este é o direito soberano de qualquer país “, disse o porta-voz presidencial russo. “Ninguém tem o direito de ditar a outro país o que fazer “, disse ele, acrescentando, no entanto, que “é completamente diferente quando se trata de questões de segurança e alianças militares. Nossa abordagem aqui é diferente e bem conhecida”.

A União Europeia quer “unir-se” aos Estados Unidos para uma paz “justa e duradoura” na Ucrânia, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta terça-feira, após uma reunião com o enviado especial do presidente Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg. “O momento é crucial. Financeiramente e militarmente, a Europa contribuiu mais do que qualquer outro país. “E intensificaremos nossos esforços”, disse após a reunião em Bruxelas.

A União já gastou 135 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia, incluindo cerca de 52 mil em ajuda militar, o mesmo nível dos Estados Unidos, e está pronta “para fazer mais” , adiantava uma declaração da Comissão publicada após a reunião.

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