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Que geringonça é esta?!

O mercado de tintas em Portugal tem uma dimensão pequena. Ou melhor, tem a dimensão certa para o país que somos!
5 Abril 2019, 07h10

 

Mas… será assim mesmo? Um setor que representa quase 1% do Valor Acrescentado Bruto, que gera um volume de negócios de cerca de 500 milhões de  Euros e que:
– promove tecnologia e ciência de braço dado com a Universidade;
– forma e treina milhares de profissionais de pintura por ano (por inexistência de um processo de qualificação profissional instituído);
– investe cerca de 2% ou 3% anualmente em Investigação e Desenvolvimento (I&D);
– testa iterativamente milhões de combinações possíveis para ora minimizar a pegada ecológica dos seus produtos, ora para maximizar a eficiência dos mesmos para igual impacto e/ou custo para o consumidor;
– busca ativamente uma solução para trazer funcionalidades aos seus materiais, particularmente na capacidade de ajudar a promover a sustentabilidade energética das habitações;
– se envolve em projetos conducentes a mitigar o impacto das suas embalagens no fim de vida (quando nós consumidores as depomos nos pontos de recolha);
– … e tantas outras missões leva este setor a cabo para tentar devolver em cada lata de tinta um pouco de um mundo melhor… que nos perguntamos… será que nos é reconhecido o devido valor?
São estes alguns dos temas que a Associação Portuguesa de Tintas procurou debater no seminário “Mercado de Tintas 2019”, no passado dia 29 de Março.
Com estes e outros temas de fundo, com nuvens que se avizinham (hipotética classificação do dióxido de titânio como substância potencialmente cancerígena, por exemplo), com desafios da economia circular ainda por resolver no fluxo de embalagens (tal como um caso de estudo inglês, o Leftover Paint Project), com engulhos na legislação laboral que nos limitam e retiram competitividade… Temas que foram abordados sem filtros no Seminário.
Hoje, como sempre, precisamos de um poder político próximo, amigo do investimento e que perceba a especificidade de um setor industrial que, se não acarinhado, será facilmente substituído por importações a breve prazo. Isso implica capacidade de decisão pelos seus atores, dos seus representantes nos fóruns próprios em Bruxelas, particularmente no Comité REACH.
Com geringonça ou sem ela, queremos uma Europa integrada mas onde a nossa voz não se perca nos corredores do Berlaymont!

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a APT – Associação Portuguesa de Tintas

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