Nascida em Angola em 1929, a licenciada em Direito com média de 16 valores já tinha chefiado o gabinete de Estudos Económicos e Financeiros do BNU quando Marcello Caetano a indigitou para o cargo de subsecretária de Estado da Saúde e Assistência. Este acabou por ser um dos sinais da chamada primavera marcelista, já que ao longo de quatro décadas Salazar nunca chamou nenhuma mulher a participar no governo da nação.
No dia 20 de agosto de 1970, o vespertino “A Capital” noticiou a nomeação de Maria Teresa Cárcomo Lobo para o Executivo de Caetano. “Uma senhora, pela primeira vez, membro do Governo”, foi o título. A advogada manteve-se no cargo até julho de 1973.
Entre as intervenções parlamentares destacam-se a participação na discussão, na especialidade, da proposta de lei do IV Plano de Fomento, a apresentação de um requerimento solicitando diversas informações relacionadas com a acção do Comissariado do Governo para os Assuntos do Estado da Índia e um requerimento relativo a aspectos da protecção e defesa dos animais.
Participou também no debate, na especialidade, da proposta de lei sobre transplantações de tecidos ou órgãos de pessoas vivas. Mais tarde, foi viver para o Brasil depois da Revolução de Abril onde continuou a sua atividade profissional; foi juíza Federal no de Janeiro, e aposentou-se em 1999.
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