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Resultados da Meta levam ações a subirem 10% nas negociações fora de horas

Estes resultados voltaram a superar as perspetivas de mercado e fez com que as suas ações subissem quase 10% nas negociações fora de horas, o que “pode ser um novo máximo histórico para a empresa”, referem os analistas da XTB.
31 Julho 2025, 13h24

A Meta superou expectativas pelo 12.º trimestre consecutivo, tendo fechado o segundo trimestre com as receitas a subirem 22% para 47,52 mil milhões de dólares. Já o lucro líquido subiu 36% para 18,3 mil milhões.

Estes resultados voltaram a superar as perspetivas de mercados e fez com que as suas ações subissem quase 10% nas negociações fora de horas, o que “pode ser um novo máximo histórico para a empresa”, referem os analistas da XTB.

“Estes resultados posicionam a Meta como uma das empresas tecnológicas mais bem posicionadas para beneficiar da revolução da IA, comprovando que os investimentos em inteligência artificial representam uma vantagem comercial significativa”, salientam.

Henrique Valente, analista da ActivTrades Europe, afirma que “as receitas publicitárias, que representam praticamente a totalidade do volume de negócios da empresa, registaram um crescimento robusto, largamente superior ao aumento dos custos operacionais”.

A tecnológica fechou o trimestre com um lucro por ação de 7,14 dólares, ou seja, superior ao projetado, que ficava nos 5,88 dólares. “Este desempenho teve um impacto imediato nos futuros do índice tecnológico Nasdaq, que inicialmente recuavam 0,75% após declarações mais agressivas do presidente da Fed. Jerome Powell adotou um tom mais hawkish do que o esperado, aumentando a incerteza quanto a um possível corte de juros em setembro. Desde então, os futuros inverteram a tendência e valorizam agora cerca de 2% face aos mínimos da última sessão”, salienta o analista da ActivTrades Europe.

As orientações da empresa para o futuro são otimistas, com uma perspetiva das receitas do terceiro trimestre ficarem entre os 47,5 e os 50,5 mil milhões de dólares. “A empresa prevê receitas muito elevadas e um aspeto interessante das previsões é a diminuição do CapEx”, referem os analistas da XTB.

“A redução da orientação das despesas de capital pode indicar um melhor controlo dos custos, apesar de o limite inferior ter aumentado, o que sugere a continuidade de investimentos maciços em infraestruturas de IA”, salientam.

Apesar das perspetivas otimistas, há desafios no futuro, nomeadamente no que toca à situação regulamentar na União Europeia, onde a “Comissão Europeia pode forçar a introdução de novas alterações ao modelo de anúncios menos personalizados”, esta medida pode ter um impacto negativo nas receitas da empresa na Europa.

Para o próximo ano, o diretor financeiro alertou para uma “aceleração do crescimento das despesas”, “principalmente devido ao aumento dos custos de depreciação da infraestrutura de IA alargada e aos custos de compensação anuais para os funcionários contratados em 2025”, declaram os analistas.

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