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Ricardo Arroja é o cabeça de lista do partido Iniciativa Liberal às Eleições Europeias

O programa de Governo do Iniciativa Liberal é bastante detalhado, e o slogan que resume a ideologia do partido é “Queremos menos Estado e mais Liberdade”. O partido que se assume como liberal nasceu em 2017.
25 Fevereiro 2019, 16h25

O partido Iniciativa Liberal (IL) apresentará o economista Ricardo Arroja como cabeça de lista às Eleições Europeias, a decorrer em maio, e terá Catarina Maia, docente do ensino superior, como número dois da lista, anuncia o novo partido que defende a liberalização quer da economia, quer dos costumes sociais. Se for eleito eurodeputado, acrescentou, o Iniciativa Liberal integrará o grupo dos liberais no Parlamento Europeu (Alde).

“O Ricardo Arroja e a Catarina Maia, pelos seus percursos de vida e características, cumprem os 3 critérios que definimos como perfil de candidatos. Pessoas com uma carreira profissional reconhecida, com um pensamento liberal sólido, e com capacidade de transmitir estas ideias.”  – afirma Carlos Guimarães Pinto, presidente da Iniciativa Liberal.

“Contar com o Ricardo neste desafio é mais uma demonstração do percurso consistente de abertura e crescimento que o partido Iniciativa Liberal tem vindo a trilhar e um claro sinal da necessidade em assumir uma atitude reformista em Portugal e na Europa.”, diz o presidente do partido.

O Iniciativa Liberal foi fundado em 2017.

Ricardo Arroja e Catarina Maia integram ainda a equipa “Portugal 2040” Iniciativa Liberal, uma equipa de especialistas que irá desenvolver uma agenda reformista, pensando Portugal a duas décadas. Nesta equipa está também integrado o ex Primeiro Ministro da Estónia, Taavi Rõivas, que irá trazer a experiência de um país que alcançou crescimento e resultados objectivos através de políticas liberais.

Ricardo Arroja é economista formado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, administrador de empresas e consultor de políticas públicas sobre pequenas e médias empresas, leciona no ensino superior nos domínios da banca e das finanças.

Comentador da RTP do programa Tudo é Economia, onde “contracena” com outro economista, do quadrante político oposto, Ricardo Paes Mamede.

Já Catarina Maia é especialista em propriedade intelectual, é docente do ensino superior e gestora de transferência de tecnologia do INESC TEC. É licenciada em Microbiologia pela Universidade Católica Portuguesa, com um Mestrado e MBA em Gestão de Empresas pela Porto Business School, foi anterior gestora executiva de um fundo de investimento em startups. É membro fundador da Iniciativa Liberal.

O programa de Governo do Iniciativa Liberal é bastante detalhado, e o slogan que resume a ideologia do partido é “Queremos menos Estado e mais Liberdade”.

Entre outras medidas o partido defende uma “revisão da Constituição da República Portuguesa”, pois consideram que “a Constituição mantém um pendor estatista, programático e socializante e deve ser ideologicamente neutra, centrando-se na limitação dos poderes do Estado e nos direitos, liberdades e deveres individuais”.

O partido defende a “alteração do sistema eleitoral”, que diz ser “obsoleto”. O Iniciativa Liberal defende um sistema que facilite as “candidaturas independentes, o voto deslocalizado ou eletrónico, introduzindo círculos uninominais e um círculo nacional, com maior representatividade das comunidades portuguesas”.
“A liberalização na legislação sobre direitos individuais e costumes. Com liberdade de autodeterminação e identidade individual; forte e efetivo combate a todos os tipos de discriminação; a garantia legal da liberdade de decisão sobre o fim da vida; e a legalização da cannabis e regulação da prostituição”, defendem também ao mesmo tempo que defendem a “promoção da liberdade de constituir família, com valorização social da paternidade e maternidade”.

O partido liderado por Carlos Guimarães Pinto defende que se deve “racionalizar o Estado, tornando a administração mais transparente, simples e eficaz. Limitar o poder de endividamento público; eliminar a duplicação de funções e a complexidade entre os serviços, através da digitalização”.

A proposta passa por apostar na redução da despesa do Estado como objetivo estratégico.

O partido defende a simplificação do sistema fiscal. “Reduzir o número de impostos e taxas e tornar o sistema fiscal mais transparente. Simplificar o apuramento e o reporte de todos os impostos”, lê-se no programa.

“Reduzir as isenções e diminuir as taxas do IRS e IRC e acabar com o pagamento especial por conta; e isentar de IRC pequenas empresas com baixa faturação, são algumas das medidas defendidas.

O partido defende também a “eliminação do IMI. Isentando desde já as casas de 1a habitação de família, encontrando formas alternativas de financiamento autárquico”. Bem como “o alargamento de uma ADSE reformada, como um sistema de seguro social, em que a pessoa pode escolher onde quer ser tratada, seja na rede hospitalar do Estado ou em privados que adiram ao sistema”.

A Iniciativa Liberal tem no programa, ao nível da Segurança Social, “a gradual transição para um sistema contributivo sobretudo de capitalização”.

Destaque ainda para a defesa do aumento da liberdade contratual, “mantendo standards de salários, segurança, férias e proteção à família; facilitar novas formas do exercício de funções, pelo teletrabalho, partilha do posto de trabalho ou por prestação com flexibilidade de horário”.

 

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