Os profissionais de saúde do SAMS (Serviço de Assistência Médico-Social do SBSI) regressam nesta quarta-feira, 6 de maio, ao trabalho. Um regresso que permite terminar o processo de lay-off para os seus profissionais que passam, a partir de hoje, a apoiar os seus mais de 90 mil beneficiários, permitindo não sobrecarregar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa altura em que o país vive grandes dificuldades devido à pandemia.
“Com o fim do Estado de Emergência e com as recomendações do Ministério da Saúde, que determinam a retoma da atividade programada, quer de consultas quer de cirurgias, o SAMS volta, gradualmente, à atividade assistencial”, avança o SAMS em comunicado, dando conta de que este regresso que “permite terminar o processo de lay-off, que teve a duração de um mês” e que “a partir de dia 6 de maio, todos os trabalhadores regressam às suas condições salariais habituais.”
A direção clínica do SAMS encerrou, no dia 20 de março, o hospital e as clínicas, devido à infeção pelo novo coronavírus de doentes e profissionais de saúde em unidades da sua rede, revelando que iam ser aplicadas “novas regras de regime simplificado de ‘lay-off’”.
No início de abril, o Conselho Nacional da Ordem dos Médicos condenou a decisão de encerramento total do hospital e clínicas do SAMS, serviço de saúde dos bancários, e instou o Governo a intervir com vista à reposição da normalidade. O Bloco de Esquerda chegou a exigir a requisição das instalações e dos 1.500 profissionais dos SAMS, tendo defendido que “numa altura em que o país vive uma epidemia não se pode admitir que uma unidade de saúde tente fechar portas e demitir-se das suas responsabilidade sociais”.
Também o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou, a 15 de abril, ao primeiro-ministro para o envolvimento do SAMS“ no esforço nacional de proteger a saúde dos portugueses”. Numa carta aberta dirigida a António Costa, este sindicato condenou fecho do SAMS, reiterando o pedido para que esta instituição cessasse o lay-off.
Nesta quarta-feira, o secretário-geral do SIM já saudou esta decisão, porque era uma matéria em que “o SIM não compreendia o silêncio do Governo, mas felizmente a situação foi ultrapassada”. “Quero saudar a volta ao nosso Serviço Nacional de Saúde do SAMS [serviços médicos dos bancários] como contributo, porque a atitude inqualificável de colocar os médicos em ‘layoff’ foi revogada e vão começar a trabalhar hoje”, aplaudindo o regresso dos profissionais ao trabalho que antecipou assim o fim do lay-off que estava previsto para 31 de maio.
Atividade programada arranca a 11 de maio
Segundo o SAMS, A partir de 11 de maio, reinicia a atividade programada no Centro Clínico, bem como o atendimento permanente, das 8h00 às 20h00, de segunda a sexta-feira. Também a partir de 11 de maio, volta a funcionar no Hospital, além da atividade programada, o atendimento permanente, 24 horas por dia, todos os dias, sendo que a atividade cirúrgica já tinha tido início no passado dia 29 de abril, bem como o internamento. A partir de 18 de maio, reabrem gradualmente as clínicas.
“Num contexto de grandes restrições, em que as medidas de higiene e segurança são ainda muito apertadas, a prioridade continuará a ser responder às situações clínicas urgentes, à oncologia, assistência na gravidez, pediatria e vacinação, sendo estes alguns dos serviços que nunca deixaram de ser prestados”, adianta o SAMS em comunicado.
Realça ainda que, nesta fase, e de acordo com as orientações do Ministério da Saúde e da Direção Geral da Saúde, para reduzir ao mínimo as deslocações e o contacto social, é reforçada a atividade assistencial com recurso à telemedicina, por teleconsulta e/ou vídeo-consulta.
“Quanto às consultas presenciais, marcadas pelos próprios médicos, terá de ser respeitado o horário de início, sendo a marcação mais espaçada para garantir o menor cruzamento possível entre utentes, evitar congestionamento nas salas de espera e permitir a higienização dos gabinetes entre consultas”, explica em comunicado, sinalizando que são também adotadas diversas medidas de segurança no acesso e na circulação dentro dos diferentes espaços do SAMS, tais como a avaliação da temperatura corporal à entrada, o uso obrigatório de máscara ou a criação de marcas no chão, para assegurar o distanciamento social.
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