O Santander Totta registou lucros de 990 milhões de euros, o que compara com 894,6 milhões de euros em 2023. A margem financeira subiu 6,6% para 1,59 mil milhões de euros, o que ajudou à subida do produto bancário de 5,9% para 2,07 mil milhões de euros. Isto apesar de algum queda dos lucros no último trimestre de 230,3 milhões no terceiro trimestre para 211,9 milhões no 4º trimestre.
As comissões 2m 2024 caíram 1,1% para 452.2 milhões.
Os custos operacionais subiram 1,6% para 528,3 milhões de euros. Por isso o rácio de eficiência fixou-se 25,5%.
A rentabilidade medida pelo RoTE atingiu os 25,4%. O ROE (rentabilidade dos capitais próprios) está nos 22,8%.
Pedro Castro e Almeida, CEO do banco, disse, na apresentação de contas, que mantém algum otimismo para 2025.
O banco explicou que o crédito total a clientes (bruto) ascendeu a 50,3 mil milhões de euros, mais 12,9%, e a quota de mercado do crédito à habitação de 23%.
O Santander destaca o aumento expressivo da nova produção de crédito, em especial à habitação, onde o banco tem uma posição de liderança no segmento, ao ter originado cerca de um quarto do volume de novas hipotecas em 2024. A carteira de crédito hipotecário cresceu 5,5% para 23,3 mil milhões de euros. Neste segmento o nível de garantia pública para apoiar a aquisição de habitação própria permanente pelos jovens. O Santander Totta tem 259 milhões de euros da garantia pública que serve para cobrir 15% do valor da casa para o segmento de jovens até aos 35 anos.
“No primeiro mês de aplicação da medida, foram efectuados mais de mil pedidos de crédito ao abrigo dessa garantia, correspondentes a um montante de crédito hipotecário de cerca de 200 milhões de euros”. Manuel Preto, CFO do Santander, disse que a taxa de aprovação deste créditos é de mais de 90%.
O crédito ao consumo cresceu 8,1% para 1,9 mil milhões de euros.
Já o crédito a empresas e institucionais ascendeu a 24,9 mil milhões de euros.
Os depósitos subiram 5,4% para 37,16 mil milhões de euros. Os recursos totais subiram 5,9% para 45,9 mil milhões de euros, segundo a instituição.
Em termos de qualidade dos ativos, o rácio de crédito malparado (NPE – Non Performing Exposure) fixou-se em 1,6% (-1,1 pontos percentuais que em dezembro de 2023). A cobertura por imparidades específicas é de 57% (a cobertura por imparidades é de 84,1%).
O custo do risco de crédito é residual fixando-se em 0,03% (-0,14 pontos percentuais).
O Santander Totta revelou que as provisões líquidas e outros resultados ascenderam a 57,9 milhões de euros, dos quais os encargos com a contribuição extraordinária sobre o setor bancário e o adicional de solidariedade, no valor de 35 milhões de euros.
O banco destaca o crescimento da base de clientes, sendo que os clientes ativos aumentaram 78 mil novos (uma subida de 4,3% face a 2023). Os clientes digitais aumentaram 85 mil no período para 1,26 milhões.
As novas contas abertas aumentaram 20,5% e novos cartões de débito e de crédito emitidos pelo banco cresceram 13,5%.
“A nossa estratégia em Portugal é clara, é de crescimento orgânico”, frisou Pedro Castro e Almeida que admitiu que no passado olhou para o Novobanco. “Não está no nosso radar fazer aquisições”, disse o CEO.
Sobre a fusão hipotética do CGD e Novobanco, o CEO do Santander disse que “na realidade não deixa de ser estranho um banco público, comprar o quarto maior banco e ficar com mais de um terço do mercado”.
O rácio de capital do banco está nos 16% (inferior aos 16,9% em 2023).
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