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Tecnologia anti-fraude vai triplicar utilização de inteligência artificial até ao final de 2025

Esta é uma das conclusões do relatório “Anti-Fraud Technology Benchmarking 2024” da SAS. A tecnológica norte-americana reúne, a partir desta terça-feira, clientes, parceiros e especialistas no software na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos.
16 Abril 2024, 17h26

De cin city… A software city. Las Vegas está a receber, esta semana, as empresas clientes e parceiras da tecnológica norte-americana SAS para um evento onde – sem surpresas – a Inteligência Artificial (IA) será palavra de ordem. O Jornal Económico (JE) estará a acompanhar os dois principais dias da conferência SAS Innovate 2024, que decorre entre os dias 16 e 19 de abril, no Aria Hotel, nos Estados Unidos.

As centenas de participantes poderão contar com mais de 200 sessões especializadas, 60 demonstrações e discursos de executivos de multinacionais como Citibank, Astrazeneca, Bayer, Volvo, Telefónica, Gilead, Kellanova (dona da Kellogg’s) ou da maior e mais antiga seguradora polaca (PZU).

Em causa estão organizações que recorrem ao software da SAS para automatização do seu negócio, gestão de risco, melhoria do contacto com os consumidores e/ou combate à fraude. Aliás, a SAS conclui que a adoção de IA nesta última área vai aumentar de forma expressiva: oito em cada dez (83%) profissionais antifraude planeiam utilizar IA generativa nos próximos dois anos, de acordo com o “Anti-Fraud Technology Benchmarking 2024” elaborado com a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE).

“A acessibilidade a ferramentas generativas alimentados por IA pode torná-las perigosas se caírem nas mãos erradas. Três em cada cinco empresas planeiam aumentar os seus orçamentos de tecnologia antifraude nos próximos dois anos. Portanto, a forma como estes recursos são investidos determinará quem terá vantagem sobre as empresas dedicadas ao crime”, alertou o presidente da ACFE, John Gill.

Apesar de só 18% dos especialistas do sector incorporarem machine learning ou outras ramificações da IA na luta contra a burla, optando mais por soluções de biometria e a robótica, mais de um terço (32%) planeiam instalá-las nos próximos dois anos. Se o ritmo continuar, significa triplicar até o final de 2025.

“Considerando que tanto a IA como o machine learning não são simples aplicações plug-and-play, os seus benefícios podem ser aproveitados mais facilmente com a implementação de soluções modularizadas em todo o âmbito de gestão desses riscos de fraude numa única plataforma impulsionada por IA”, explica Carla Miranda, principal business solutions manager de Fraude e Compliance da SAS na Península Ibérica.

Para discutir estes e outros temas, também estarão na cidade do estado de Nevada representantes dos parceiros Amazon Web Services (AWS), Intel e Microsoft, além de personalidades sonantes como Cassie Kozyrkov, CEO da Data Scientific e ex-Chief Decision Scientist da Google, ou Miriam Vogel, CEO da EqualAI e presidente do National Artificial Intelligence Advisory Committee (NAIAC), que apoia a Casa Branca nas questões éticas associadas aos algoritmos.

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