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Seguradoras estimam “valores significativos” de indemnizações devido às cheias

“De acordo com as primeiras indicações que vão sendo obtidas, haverá já milhares de ocorrências participadas e valores significativos de indemnizações a processar”, afirma a Associação Portuguesa de Seguradores.
NUNO VEIGA/LUSA
13 Dezembro 2022, 18h06

A chuva forte tem provocado cheias em várias zonas do país, sendo o distrito de Lisboa um dos mais afetados. As seguradoras garantem já está a tomar medidas para apoiar os seus clientes, estimando “valores significativos” de indemnizações a pagar perante os estragos registados nos últimos dias.

“A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e todas as empresas de seguros suas associadas manifestam a sua solidariedade para com todos os cidadãos afetados pela situação climatérica agravada que se tem testemunhado, recentemente, no país e  sublinham o relevante papel de todos os profissionais envolvidos nas operações de socorro às pessoas afetadas”, começa por referir a associação liderada por José Galamba de Oliveira num comunicado divulgado esta terça-feira.

A APS refere ainda que as “empresas de seguros estão a tomar, individualmente, medidas específicas para assegurar a pronta resposta aos seus clientes, deslocando equipas de profissionais experientes para o local, abrindo canais específicos de comunicação, agilizando a regularização dos sinistros e prestando o apoio e assistência às pessoas afetadas que beneficiam da proteção que os seguros conferem”. Pede ainda aos tomadores de seguros que contactem as respetivas seguradoras para registarem os danos materiais.

No caso da Fidelidade, a seguradora afirma que os seus clientes vão receber um SMS durante a tarde de hoje com instruções de procedimentos para que o processo de avaliação de danos seja realizado o mais rápido possível, tendo já mobilizado equipas e recursos para o terreno.

Os custos também começam a ser calculados. “De acordo com as primeiras indicações que vão sendo obtidas, haverá já milhares de ocorrências participadas e valores significativos de indemnizações a processar, e as seguradoras tudo farão para que os seus clientes, individuais e empresas possam retomar a normalidade da sua vida com a maior rapidez possível”, indica a APS, afirmando estar a realizar um inquérito junto das associadas para apurar os danos cobertos por contratos de seguros, prometendo uma nova atualização da informação logo que possível.

A APS relembra ainda a necessidade de se criar em Portugal um sistema de proteção de riscos catastróficos, “do qual as seguradoras possam fazer parte, numa lógica de colaboração entre o setor privado e público, para que as pessoas e empresas afetadas possam ver os prejuízos sofridos reparados de forma mais célere e completa”.

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu hoje que Portugal deverá acionar o mecanismo do Fundo de Solidariedade da União Europeia para lidar com os efeitos das cheias, se se verificarem os requisitos necessários. Mas primeiro, disse, é necessário fazer uma estimativa e levantamento dos danos.

Notícia atualizada às 18:10

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